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Brasil disputa Copa do Mundo por equipes de tênis em cadeira de rodas

O sorteio dos grupos da Copa do Mundo por equipes de tênis em cadeira de rodas, que começa nesta segunda-feira (27), ocorreu neste domingo (26). A competição

Brasil disputa Copa do Mundo por equipes de tênis em cadeira de rodas
Brasil disputa Copa do Mundo por equipes de tênis em cadeira de rodas

Redação Publicado em 26/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 17h24


País terá representantes nas classes open e quad e na categoria júnior

O sorteio dos grupos da Copa do Mundo por equipes de tênis em cadeira de rodas, que começa nesta segunda-feira (27), ocorreu neste domingo (26). A competição será realizada até dia 3 de outubro em Alghero, cidade da província da Sardenha (Itália). O Brasil será representado nas classes quad (atletas com deficiências em três ou mais extremidades do corpo) e open (tenistas com deficiência em membros inferiores) masculino e feminino, além da categoria júnior.

Em cada categoria, os países foram divididos em grupos e duelam entre si nas chaves. Cada confrontos é disputado em melhor de três jogos, sendo dois de simples e um de duplas. As partidas serão transmitidas ao vivo pelo canal da Federação Internacional de Tênis (ITF, sigla em inglês) no YouTube.

Na quad, que reúne oito seleções, o Brasil caiu no Grupo 2, ao lado de Japão, Canadá e França. A estreia será às 14h30 (horário de Brasília) desta segunda, contra os japoneses, atuais campeões. Os dois primeiros da chave avançam às semifinais. Oitavo da categoria na ITF, Ymanitu Silva é o brasileiro mais bem colocado no ranking mundial, considerando as classes adultas. Além dele, Augusto Fernandes (31º) e Leandro Pena (sem colocação) representam o país. A principal favorita é a Holanda, que tem dois medalhistas paralímpicos no elenco: Sam Schröder e Niels Vink, respectivamente prata e bronze nos Jogos de Tóquio (Japão).

Número oito da classe na Federação Internacional de Tênis (ITF, sigla em inglês), Ymanitu Silva é o brasileiro mais bem colocado no ranking, considerando as categorias adultas. Além dele, Augusto Fernandes (31º) e Leandro Pena (sem colocação) representam o país. A principal favorita é a Holanda, que tem dois medalhistas paralímpicos no elenco: Sam Schröder e Niels Vink, respectivamente prata e bronze nos Jogos de Tóquio (Japão).

“[Após a Olimpíada] Dei uma descansada de três dias e voltei aos treinos focado no Mundial. É uma oportunidade única de representar o país e também de jogar contra os melhores do mundo, podendo ver o nível em que me encontro perante eles”, disse Ymanitu à Agência Brasil.

“Claro que a intenção é buscar vaga na semifinal, depois na final, mas somos realistas. O principal objetivo é obtermos a classificação direta para o Mundial do ano que vem. Para isso, temos de ficar entre os seis melhores. Temos uma das equipes mais novas [em tempo de carreira na modalidade], mas com qualidade para defender o país”, completou o tenista, que ajudou o Brasil a se garantir na competição em solo italiano no classificatório disputado em Portugal, há quatro meses.

Ymanitu Geon da Silva – Classificatória do Tenis em cadeira de roda – Matsui Mikihito/CPB/Direitos reservados
Na classe open masculino, são 15 equipes separadas em quatro chaves, classificando-se as dois melhores de cada às quartas de final. O Brasil está no Grupo 4, com Bélgica, França e Sri Lanka. O duelo contra os belgas abre a participação verde e amarela nesta segunda, também às 14h30. O brasileiro mais bem colocado nesta categoria é Daniel Rodrigues, 25º do mundo. A seleção ainda é formada por Gustavo Carneiro (41º), Bruno Makey (168º) e Felipe Santana (254º). Deste quarteto, Daniel e Gustavo estiveram na Paralimpíada de Tóquio.

Holanda, Espanha e Argentina (que tem Gustavo Fernandez, número quatro do mundo e tenista mais bem posicionado entre os inscritos) são os países favoritos ao título. Atual campeã, a Grã-Bretanha não terá Alfie Hewett, segundo colocado na ITTF, mas contará com Gordon Reid (5º), bronze em Tóquio. O Japão, por sua vez, compete desfalcado de Shingo Kunieda, ouro na Paralimpíada, líder do ranking mundial e multicampeão da modalidade.

Entre as mulheres, a classe open envolve 12 países, também divididos em quatro grupos. As brasileiras aparecem no Grupo 1, junto de Japão e África do Sul. Na primeira rodada, as adversárias serão as sul-africanas. O duelo não começa antes das 18h desta segunda-feira. Representantes do Brasil em Tóquio, Meirycoll Duval (23ª do mundo) e Ana Caldeira (50ª) integram a seleção na Sardenha, ao lado de Lucimaria Oliveira (53ª) e Maria Fernanda Garcia (65ª). Como a categoria quad, a open feminina se classificou ao Mundial no classificatório de maio, em Portugal.

A categoria também tem a Holanda como favorita. Atual campeã, a nação europeia tem as três convocadas integrando o top-10 do ranking mundial. Entre elas, Diede de Groot, número um do mundo e atual campeã paralímpica. O Japão desponta como o principal adversário das europeias, liderado por Yui Kamiji, segunda colocada da ITTF e prata em Tóquio, superada justamente por De Groot na final.

A competição de juniores (onde as equipes são mistas) é que o Brasil tem mais chances de brigar pelo pódio na Sardenha. São dois atletas entre os dez melhores do mundo: Jade Lanai (segunda no feminino) e João Lucas Takaki (sexto no masculino). Também integram o time Cesar Adolfo (21º) e Arthur Dantas (sem ranking). A equipe verde e amarela está no Grupo 2, ao lado de Japão, Argentina e Turquia. Os jogos da categoria ainda não foram agendados.

Além dos brasileiros, outros três países reúnem dois top-10 nas delegações do Mundial. O Japão, um dos rivais da primeira fase, tem o líder e o décimo colocados do masculino (Tokito Oda e Shogo Takano, respectivamente). A Holanda conta com a tenista mais bem colocada entre as mulheres (Lizzy De Greef) e o sétimo entre os homens (Maarten Ter Hofte). A Grã-Bretanha, vice na última edição, reúne o quinto do ranking dos meninos (Dahnon Ward) e a sexta das meninas (Ruby Bishop). Campeã em 2019, a Austrália não participa desta vez.

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Agência Brasil

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