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Bombeiros tentam conter incêndios na região serrana entre RN e PB

Um incêndio de grandes proporções atinge uma área de vegetação densa e de difícil acesso na zona rural de Serra Negra do Norte (RN), na região do Seridó, na

Bombeiros tentam conter incêndios na região serrana entre RN e PB
Bombeiros tentam conter incêndios na região serrana entre RN e PB

Redação Publicado em 28/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 19h43


Fogo atinge a região desde quarta-feira

Um incêndio de grandes proporções atinge uma área de vegetação densa e de difícil acesso na zona rural de Serra Negra do Norte (RN), na região do Seridó, na divisa com a Paraíba. Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte, o fogo começou na quarta-feira (23). Desde então, as chamas vêm se espalhando, favorecidas pela vegetação seca, os ventos fortes e as temperaturas elevadas.Bombeiros tentam conter incêndios na região serrana entre RN e PBBombeiros tentam conter incêndios na região serrana entre RN e PB

O Corpo de Bombeiros enviou 22 agentes da capital, Natal, a cerca de 330 quilômetros de distância, que chegaram hoje (28) à região. Eles vão reforçar a luta contra o fogo que já vinha sendo travada por outros 20 bombeiros remanejados de Caicó (RN) e de Mossoró (RN), nos últimos dias.

“Já conseguimos apagar alguns focos, mas pelo que identificamos, há ainda pelo menos outros quatro ou cinco pontos onde há chamas. Um deles, na Serra Velha, na mesma região, é de grandes proporções”, contou à Agência Brasil o comandante do 2° Grupamento de Corpo de Bombeiros, major Alcione Araújo.

“Até sexta-feira [25], estávamos combatendo o fogo com equipes menores. A partir daí, o incêndio evoluiu e tivemos que começar a aumentar o efetivo. Passamos todo o fim de semana trabalhando e, ontem a noite, conseguimos impedir que um desses focos passasse para outra serra próxima que, se fosse atingida, faria com que o incêndio avançasse até a Paraíba”,  acrescentou o comandante, explicando que não só o terreno íngreme dificulta que os bombeiros avancem carregando todo o equipamento necessário, como a topografia da região aumenta o risco do fogo se espalhar.

“Aqui é tudo serra. Várias. Uma colada na outra. O risco é que ao atingir uma, o fogo passe para outra, e assim sucessivamente. Desde o início, um dos nossos objetivos é impedir que isso aconteça. Se ontem não tivéssemos tido sucesso, ia ser muito difícil controlar a situação”, disse Araújo, acrescentando que a área queimada “já é muito grande”, embora ainda não seja possível precisar seu real tamanho.

Ainda de acordo com o comandante, há algumas fazendas e poucas residências perto das áreas em chamas, mas o fogo ainda não ameaça nenhuma das construções. “Há umas cinco casas e fazendas na área rural próxima. Por enquanto, elas não correm nenhum risco, mas estamos monitorando. Diante de qualquer sinal de perigo, atuaremos para proteger essas residências.”

No fim de agosto, um outro incêndio de grandes proporções atingiu a Estação Ecológica do Seridó, a cerca de 30 quilômetros dos locais onde os bombeiros estão atuando agora. Na ocasião, os bombeiros passaram quatro dias tentando apagar o fogo, o que só conseguiram com a ajuda de uma chuva.

“Duas semanas depois nós retornamos, desta vez para controlar um incêndio menor que conseguimos apagar em apenas um dia”, disse Araújo, dizendo que as causas dos incêndios anteriores ainda não foram esclarecidas.

A reportagem procurou a prefeitura, mas não conseguiu contato.

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Agência Brasil

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