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Bomba é jogada na casa de testemunha do caso Flordelis: ‘Querem me calar’

Uma bomba caseira foi jogada na madrugada de sexta-feira na casa de Regiane Rabelo, uma das testemunhas que prestaram depoimento durante as investigações da

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Redação Publicado em 05/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 20h05


Empresária afirma estar sendo vítima de retaliações por ter denunciado a deputada e familiares

Uma bomba caseira foi jogada na madrugada de sexta-feira na casa de Regiane Rabelo, uma das testemunhas que prestaram depoimento durante as investigações da morte do pastor Anderson do Carmo.

Segundo a empresária, o episódio foi registrado na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), responsável pelo inquérito sobre o assassinato. A residência fica em Itaipuaçu, na Região Metropolitana do Rio.

Na manhã dessa sexta-feira, agentes da DH estiveram na casa de Regiane. Uma perícia foi feita no local. A empresária relata que a bomba foi jogada por volta de meia-noite em um corredor externo da casa. Ela e o marido estavam na residência.

Regiane acredita estar sendo vítima de retaliações por ter denunciado a deputada federal Flordelis dos Santos e outros membros da família à polícia. A empresária é ex-patroa de Lucas Cézar dos Santos Souza, filho adotivo de Flordelis, preso acusado de envolvimento no crime.

“Na hora, foi um susto. A mãe da minha vizinha chegou a se jogar no chão com o barulho. A intenção era me dar um susto mesmo, para eu calar minha boca. Mas isso não vai acontecer. Fiquei assustada, mas já apssou. Agora que não vão me calar”, afirma Regiane.

Agentes da DH coletaram imagens de câmeras de segurança no entorno da casa para tentar identificar o responsável por jogar o artefato. O GLOBO não conseguiu contato com a deputada e nem com sua defesa.

Filho transferido para Bangu 1

Também nessa sexta-feira, Flávio dos Santos Rodrigues, filho de Flordelis também preso acusado de matar o pastor Anderson do Carmo, foi transferido para a penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio. Ele foi levado para a unidade de segurança máxima após decisão da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói.

A magistrada havia determinado em dezembro do ano passado que Flávio fosse transferido para Bangu 1 por suspeitas de estar usando um telefone celular para se comunicar com a mãe. O pedido foi feito pelo Ministério Público estadual.

No entanto, a juíza teve conhecimento na última semana de que ordem judicial nunca havia sido cumprida e Flávio estava no presídio Joaquim Ferreira de Souza, conhecido como Bangu 8, em Gericinó. Com isso, Nearis determinou que o filho de Flordelis fosse para Bangu1.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap) enviou um ofício à Justiça informando que Flávio foi transferido às 14h dessa sexta-feira. Lucas e Flávio estão presos desde junho do ano passado. O primeiro é acusado de ajudar a comprar a arma usada no crime o segundo, de atirar no pastor.

A juíza também determinou que os filhos de Flordelis que foram presos no último dia 24 fiquem em unidades prisionais diferentes. André Luiz de Oliveira, Carlos Ubiraci Francisco da Silva e Adriano dos Santos Rodrigues estavam em Bangu 8, mesma unidade que Flávio. Já Marzy Teixeira da Silva e Simone dos Santos Rodrigues também estavam no mesmo presídio.

Procurada pelo GLOBO, a Seap informou que a ordem judicial já foi cumprida e os filhos de Flordelis, separados.

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IG

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