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Bolsonaro quer evitar empate técnico com Haddad

Na última semana de campanha antes do primeiro turno da eleição presidencial, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, quer evitar um empate técnico com o

Bolsonaro quer evitar empate técnico com Haddad
Bolsonaro quer evitar empate técnico com Haddad

Redação Publicado em 01/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h30


Na última semana de campanha antes do primeiro turno da eleição presidencial, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, quer evitar um empate técnico com o petista Fernando Haddad. Ele conta com o apoio de evangélicos e do eleitorado antipetista para se manter em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto nesta reta final da primeira fase da campanha.

Nos últimos dias, Bolsonaro, com seu estado de saúde melhor, decidiu intensificar sua participação em entrevistas e nas redes sociais para evitar um processo de perda de votos que pode ocorrer diante da agenda negativa a que sua candidatura foi exposta.

Declarações polêmicas de seu vice, general Hamilton Mourão, criticando o 13º salário, do seu economista-chefe Paulo Guedes, sobre a possibilidade de volta da CPMF, e do próprio candidato, afirmando que não aceitaria outro resultado da eleição que não fosse sua vitória, desgastaram a imagem de Bolsonaro.

Além disso, os protestos de rua das mulheres, no último sábado (29), reforçam a rejeição deste segmento à candidatura do deputado federal do PSL. Ele acredita que conseguiu pelo menos minimizar os estragos com as entrevistas concedidas nos últimos dias e com as manifestações de seus simpatizantes no domingo (30).

A equipe do candidato do PSL sabe que, neste momento, voltou a ter uma posição menos competitiva nas simulações de segundo turno. E, se na reta final do primeiro turno ficar empatado com Fernando Haddad ou até mesmo atrás dele numericamente, ele entrará em desvantagem na disputa do segundo turno.

Já a equipe do candidato do PT confia numa arrancada final, um trunfo dos petistas nas últimas eleições, para empatar com Bolsonaro ou ficar à frente dele. Isso aumentaria a força de Haddad na fase final, quando vai buscar atrair o voto dos outros candidatos de esquerda, como Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede), e também de parcela do eleitorado de centro que rejeita Bolsonaro.

Neste campo, ele buscará conversas com integrantes do PSDB sob o argumento de que a maioria dos eleitores tucanos tende a apoiá-lo no segundo turno. Contará com sua proximidade junto ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nesta missão.

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