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Bolsonaro diz que ficar em casa na pandemia é “conversinha mole”

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse em visita ao norte no Mato Grosso nesta sexta-feira (18) que ficar em casa em meio à pandemia da Covid-19,

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Redação Publicado em 19/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 11h31


Presidente esteve nesta sexta (18) no Mato Grosso e elogiou agricultores que não pararam de trabalhar. “Isso é para os fracos”, disse a uma plateia

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse em visita ao norte no Mato Grosso nesta sexta-feira (18) que ficar em casa em meio à pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), é “conversinha mole”.

Em uma agenda que estava cumprindo no estado, Bolsonaro parabenizou os produtores agrícolas que não pararam de trabalhar durante a pandemia e “não entraram na conversinha mole de ficar em casa”.

“Vocês não pararam durante a pandemia. Vocês não entraram na conversinha mole de ‘fica em casa’. Isso é para os fracos”, afirmou o presidente a uma plateia de produtores rurais e apoiadores na cidade de Sorriso.

Hoje o presidente também participou da entrega simbólica de títulos de propriedades rurais a agricultores familiares da região no aeroporto Adolino Bedin, que fica na mesma cidade. Ele foi recepcionado aos gritos de “mito”.

Antes dessa cerimônia, o Bolsonaro fez parada em uma inauguração simbólica de uma fábrica de etanol de milho, que funciona há mais de um ano no município vizinho de Sinop.

O local estava cheio de apoiadores do presidente envoltos na bandeira brasileira no que foi considerado uma homenagem do setor ruralista chefe deo Executivo.

Desde o início da pandemia da Covid-19, Bolsonaro tem dado declarações que colocam em descrédito as recomendações de autoridades de sanitárias sobre a necessidade do distancimento social e promovido uma série de aglomerações nas quais ele vai sem máscara e cumprimenta as pessoas presentes, pegando inclusive crianças no colo.

Em julho, o presidente foi diagnostico com a Covid-19 e divulgou que várias vezes que estava fazendo tratamento com a hidroxicloroquina, medicamento que não sua eficácia comprovada contra a doença.

Por conta desse comportamento de minimização da gravidade da pandemia, dois ministros da Saúde acabaram sendo demitidos. Foram eles Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, sendo que o segundo ficou apenas um mês no comando da pasta.

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IG

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