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Bolsonaro chega de lancha à cerimônia de passagem do comando da Marinha

O presidente Jair Bolsonaro utilizou uma lancha da Presidência da República para chegar à cerimônia de passagem do comando da Marinha, nesta quarta-feira (9),

Bolsonaro chega de lancha à cerimônia de passagem do comando da Marinha
Bolsonaro chega de lancha à cerimônia de passagem do comando da Marinha

Redação Publicado em 09/01/2019, às 00h00 - Atualizado às 14h57


Presidente participou da solenidade de passagem do comando no Clube Naval, em Brasília. Almirante Ilques Barbosa Junior substitui o também almirante Eduardo Leal Ferreira.

O presidente Jair Bolsonaro utilizou uma lancha da Presidência da República para chegar à cerimônia de passagem do comando da Marinha, nesta quarta-feira (9), no Clube Naval em Brasília.

Bolsonaro saiu do Palácio da Alvorada na embarcação e cumpriu o trajeto de cerca de 20 minutos pelo Lago Paranoá. O antecessor de Bolsonaro, Michel Temer, não tinha o hábito de utilizar embarcações para se deslocar na capital federal.

Na cerimônia desta quarta, o almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior assumiu a Marinha no lugar do também almirante de esquadra Eduardo Leal Ferreira.

Ilques foi escolhido para o cargo por Bolsonaro, que substituiu os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nomeados no segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff e mantidos pelo ex-presidente Michel Temer. Em geral, a troca dos comandos das Forças Armadas ocorre no início do mandato presidencial.

  • Aeronáutica: tenente-brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez.
  • Exército: general Edson Leal Pujol;
  • Marinha: almirante Ilques Barbosa Júnior;

Capitão reformado do Exército, Bolsonaro participa de cerimônias militares desde a vitória na eleição, em outubro. Ele acompanhou na semana passada a passagem do comando na Aeronáutica e deve participar da mesma cerimônia referente ao Exército na sexta-feira (11).

O presidente repete com frequência que seu governo reconhecerá o papel das Forças Armadas. Sua equipe ministerial abriu espaço para militares, entre os quais, o ministro de Minas e Energia, Bento Costa Lima, que é almirante da Marinha.

O presidente Jair Bolsonaro (ao centro), o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva (à dir.), e o vice-presidente, Hamilton Mourão (à esq.), ao lado dos almirantes da Marinha — Foto: Marcos Corrêa/Presidência da RepúblicaO presidente Jair Bolsonaro (ao centro), o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva (à dir.), e o vice-presidente, Hamilton Mourão (à esq.), ao lado dos almirantes da Marinha — Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

O presidente Jair Bolsonaro (ao centro), o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva (à dir.), e o vice-presidente, Hamilton Mourão (à esq.), ao lado dos almirantes da Marinha — Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

‘Rigorosa prontidão’

Em seu primeiro discurso à frente da Marinha, o almirante Ilques mencionou a necessidade de uma “rigorosa prontidão do sistema de defesa” do país, a fim de preservar os interesses brasileiros em especial na área da costa chamada de “Amazônia Azul”, rica em biodiversidade de espécies.

“Em tempos de guerra e paz é imperiosa uma rigorosa prontidão do sistema de defesa, o que envolve tanto as forças armadas quanto os demais seguimentos da sociedade brasileira”, disse.

“Assim, as situações de conflito da atualidade recomendam a prontidão mencionada, sobretudo quando constatamos a magnitude das riquezas do Brasil”, afirmou o almirante.

Ilques apontou entre as suas prioridades no cargo está o avanço dos programas estratégicos da Marinha, como o desenvolvimento do submarino com propulsão nuclear. O almirante ainda assegurou que manterá esforços para a atuação conjunta com o Exército e Aeronáutica.

Ilques destacou no discurso o desejo de manter a “parceria” com a Marinha dos Estados Unidos (EUA), já que o Brasil esteve ao lado do país em guerras mundiais.

“Também menciono a presença do representante do almirante John Richardson, chefe de operações navais da marinha dos EUA, e do almirante Sean Buck, comandante da quarta esquadra e forças navais do comando do sul dos EUA. Estivemos juntos em três guerras mundiais (sic) e é essa parceria que estamos dando continuidade”, disse.

Estação Antártica

Em discurso na solenidade, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, ressaltou realizações de Leal Ferreira durante os quatro anos à frente da Marinha.

Fernando Azevedo e Silva citou entre as realizações do almirante a reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz, destruída por um incêndio em 2012 e com previsão de inauguração em março de 2019, além do avanço no programa de desenvolvimento de submarinos, com a conclusão em dezembro do primeiro dos quatro submarinos convencionais da iniciativa.

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