Benítez em xeque: meia volta a jogar mal e tem futuro incerto no São Paulo

Má fase complica permanência do argentino, com contrato até o fim do ano

O meia Martín Benítez virou um dos símbolos da eliminação do São Paulo para o Fortaleza na Copa do Brasil. Campeão e eleito melhor jogador do Campeonato Paulista, o argentino caiu de rendimento com o acréscimo de competitividade no segundo semestre e viveu mais uma noite apagada na última quarta-feira, no Castelão.

Titular na derrota por 3 a 1, que decretou a eliminação tricolor nas quartas de final do torneio nacional, Benítez sofreu com a marcação do Fortaleza, especialmente de Ronald, e pouco colaborou em uma noite pobre do São Paulo. O lance do primeiro gol dos donos da casa foi uma amostra da noite ruim do argentino.

Benítez recebeu passe arriscado de Liziero e perdeu a bola sem pressionar Ronald, que recuperou a posse, arrancou e chutou de fora da área para fazer 1 a 0 (veja no vídeo acima). O lance ainda no primeiro tempo simbolizou um dos principais cenários do confronto: a marcação superando o argentino.

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Benítez, do São Paulo, sofreu com as marcações de Ederson e Ronald no duelo contra o Fortaleza — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

O meia, mesmo procurando o jogo, se exibiu de maneira tímida. Benítez deixou a partida aos 28 minutos do segundo tempo, quando o jogo estava 1 a 0.

Desde o título do Paulistão, o atleta participou diretamente de quatro gols do São Paulo, balançando as redes de Vasco (Copa do Brasil, volta) e Cuiabá (Brasileirão) e dando assistências diante de Racing (Libertadores, volta) e Vasco (Copa do Brasil, ida).

São quatro participações nos 42 gols marcados pelo São Paulo desde a vitória sobre o Palmeiras, que assegurou o troféu estadual. Os números mostram que Benítez perdeu protagonismo.

Além disso, as lesões se acumularam, e a questão física se tornou um problema perto do fim do contrato de empréstimo. O meia, por exemplo, ficou fora dos dois duelos contra o Palmeiras pela Libertadores por problemas clínicos, segundo o técnico Hernán Crespo.

Benítez, do São Paulo, é marcado de perto por Ronald e Yago Pikachu, do Fortaleza — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Diante da queda de rendimento, Benítez ainda viu a concorrência interna aumentar. Com as chegadas de Gabriel e Jonathan Calleri, o São Paulo chegou a estrangeiros no elenco. Por regulamento, apenas cinco podem ser relacionados para as partidas.

Benítez tem os próximos meses para fazer valer o investimento necessário para permanecer no São Paulo. Emprestado até o fim do ano pelo Independiente, o jogador tem opção de compra em torno de R$ 16 milhões, valor não confirmado pelo clube.

O investimento é alto, ainda mais quando considerado o contexto tricolor. O São Paulo deve mais de R$ 600 milhões e assumiu compromissos importantes com três estrangeiros para o orçamento de 2022.

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A partir de dezembro, o clube vai pagar parcelas de R$ 2,2 milhões pelos direitos econômicos de Emiliano Rigoni, que chegou depois do título do Paulistão para assumir papel de protagonista. O atacante é o vice-artilheiro são-paulino na temporada com nove gols.

Em relação aos recém-chegados, o São Paulo vai pagar em parcelas 600 mil dólares (R$ 3,15 milhões) pelas chegadas de Calleri e Gabriel. Caso queira exercer a opção de compra, a conta sobe para 3 milhões de dólares (R$ 15,7 mi) pelo argentino e 1,7 mi de dólares (R$ 8,9 mi) pelo uruguaio. Ambos possuem contrato até o fim de 2022.

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No domingo, o Tricolor pode reagir ao revés da Copa do Brasil; Benítez, porém, não. O argentino acabou punido com dois jogos de suspensão pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e é desfalque para o duelo contra o Atlético-GO, às 16h, no Morumbi, pelo Brasileirão.

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