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Beatriz Ferreira vai às semis e garante terceira medalha do boxe na Tóquio 2020

Nos últimos cinco anos, Beatriz Ferreira subiu no pódio em 29 das 30 competições que disputou. Não seria nas Olimpíadas de Tóquio 2020 que esta sequência

MEDALHA
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Redação Publicado em 03/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h42


Nos últimos cinco anos, Beatriz Ferreira subiu no pódio em 29 das 30 competições que disputou. Não seria nas Olimpíadas de Tóquio 2020 que esta sequência incrível se encerraria. A peso-leve (até 60kg) brasileira confirmou a “medalha mais garantida” do Time Brasil na madrugada desta terça-feira ao derrotar a uzbeque Raykhona Kodirova por decisão unânime nas quartas de final do boxe olímpico – não há disputa de terceiro lugar na modalidade, e todos os semifinalistas sobem ao pódio.

Bia Ferreira garante vaga na semifinal do boxe nas Olimpíadas de Tóquio — Foto: Wander Roberto/COB

Bia Ferreira garante vaga na semifinal do boxe nas Olimpíadas de Tóquio — Foto: Wander Roberto/COB

Mas o objetivo da campeã mundial é maior: comprovar que é a melhor do mundo e conquistar o primeiro ouro do boxe feminino do Brasil. Após ter a vitória anunciada e garantir a medalha, Bia disparou para as câmeras:

– Agora vamos mudar a cor dela (da medalha). Esquece!

Ela repetiu o discurso.

– Conseguimos, já temos três medalhas garantidas. Mas a gente está treinada para o ouro, a gente quer o lugar mais alto do pódio. Mas é claro que a gente já está feliz.

Beatriz Ferreira ataca a uzbeque Raykhona Kodirova nas quartas de final — Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

Beatriz Ferreira ataca a uzbeque Raykhona Kodirova nas quartas de final — Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

A adversária na semifinal será a finlandesa Mira Potkonen, que venceu a turca Ezra Yildiz por decisão dividida. As duas já se enfrentaram anteriormente, e Ferreira saiu com a vitória no último confronto.

Bia abriu a luta colando um direto de direita no rosto de Kodirova. Mesmo mais baixa que a adversária e enfrentando uma canhota, tipicamente um confronto difícil no boxe, a baiana tomou o centro do ringue desde o início e ditou o ritmo. A uzbeque tentava preservar a distância no perímetro e teve alguns bons contragolpes, mas Ferreira acertou os golpes mais pesados, especialmente com o cruzado de esquerda.

Kodirova tentou ser mais ofensiva no segundo round. Isso deixou Bia ainda mais confortável para jogar no contra-ataque, e seu cruzado de esquerda consistentemente entrou na cabeça da uzbeque. A brasileira também começou a acertar alguns bons ganchos na linha de cintura. O direto de direita de Bia balançou a uzbeque na reta final.

Bia Ferreira conecta um cruzado de esquerda contra Kodirova — Foto: Reuters

Bia Ferreira conecta um cruzado de esquerda contra Kodirova — Foto: Reuters

A vitória já estava praticamente garantida ao final do segundo round com um 20-18 em todos os cartões de pontuação. Mas Kodirova não se entregou e ainda conectou alguns jabs no início do terceiro e último round. Bia respondeu com muita pressão, disposta a buscar o nocaute. Ela conectou bons uppercuts e diretos de direita. A uzbeque chegou a cair, mas num desequilíbrio que não foi causado por golpes. Ferreira seguiu pontuando bem até o fim.

– A luta foi do jeito que a gente esperava. A gente está preparado, a gente está treinando há cinco anos para isso aqui, então temos que ter todos os jogos – comentou Bia após a luta.

Bia Ferreira diz que a luta foi do jeito que esperava e se mantém confiante - Olimpíadas de Tóquio

Bia Ferreira diz que a luta foi do jeito que esperava e se mantém confiante – Olimpíadas de Tóquio

A pugilista baiana entra como favoritíssima para a semifinal, mas afirmou que não sente o peso das expectativas da torcida.

– Eu fico feliz desse favoritismo que vocês estão falando. Pego isso como um carinho, como um gás a mais, uma energia positiva. Mas a gente está favorecendo o boxe, a gente quer que o boxe seja o favorito da galera que está acompanhando.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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