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Banco Central prevê inflação de7,3% neste ano

O Banco Central estimou nesta terça-feira (27) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - a inflação oficial do país - deve ficar em 7,3%

Banco Central prevê inflação de7,3% neste ano
Banco Central prevê inflação de7,3% neste ano

Redação Publicado em 27/09/2016, às 00h00 - Atualizado às 08h50


BC segue vendo estouro da meta de inflação em 2016 e ‘tombo’ do PIB

Expectativa da instituição é de que IPCA fique em 7,3% em 2016.
Para o PIB, autoridade monetária prevê encolhimento de 3,3% neste ano.

O Banco Central estimou nesta terça-feira (27) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – deve ficar em 7,3% neste ano.

Com isso o IPCA deverá ficar, pelo segundo ano seguido, acima do teto de 6,5% determinado pelo sistema de metas de inflação brasileiro. Em 2015, a inflação somou 10,67%, a maior taxa desde 2002.

Já os economistas do mercado financeiro preveem uma inflação de 7,25% para 2016 e de 5,07% para o ano que vem.

Inflação próxima da meta em 2017
Para o ano que vem, entretanto, a autoridade monetária previu, no inflatório de inflação do terceiro trimestre, que a inflação oficial do país deverá ficar próxima da meta de 4,5%.

No chamado cenário de referência, que pressupõe juros estáveis no atual patamar de 14,25% ao ano e câmbio em R$ 3,30 por dólar, o BC estimou que o IPCA somará 4,4% no ano que vem.

Já no cenário de mercado – que utiliza as projeções dos economistas dos bancos para os juros e câmbio neste ano e no próximo (embutindo queda dos juros) – a expectativa do Banco Central para a inflação está em 4,9% para 2016.

Na previsão anterior feita pelo BC, divulgada em junho, a estimativa era de que o IPCA ficasse entre 4,7% e 5,5% em 2017.

Corte nos juros
A queda nas previsões de inflação do Banco Central, com uma proximidade maior em relação à meta central de 4,5% do ano que vem, é um indicativo de que o BC pode estar mais próximo de inciar o processo de corte dos juros básicos da ecomomia.

Isso porque as decisões do Comitê de Política Monetária da instituição, colegiado formado por diretores e presidente do BC, são “prospectivas”, ou seja, são tomadas olhando para as expectativas de inflação para os próximos meses.

Neste momento, o BC já está olhando o cenário de 2017 para tomar essa decisão. O mercado financeiro acredita que os juros cairão ainda neste ano, mas ainda resta uma dúvida se o corte poderá acontecer já no próximo encontro do Copom, em meados de outubro, ou na última reunião deste ano, no fim de novembro.

Com a queda do IPCA-15 em setembro, e a divulgação das novas previsões do BC, a tendência é de aumentar chances de um corte de juros já em meados do próximo mês. Atualmente, a taxa básica de juros está em 14,25% ao ano – o maior nível em dez anos.

Produto Interno Bruto
No relatório de inflação do primeiro trimestre deste ano, divulgado nesta quinta-feira (31), o BC prevê ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) deve “encolher” 3,3% em 2016 – mesma previsão feita em junho.

Se confirmado este cenário, será a segunda retração seguida da economia brasileira, que já despencou 3,8% no ano passado – a maior queda em 25 anos. Dois anos seguidos de recuo do PIB não acontecem desde o início da série histórica do IBGE – em 1948.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos dentro do país e serve para medir o comportamento da atividade econômica.

Para este ano, o mercado financeiro estima uma contração de 3,14% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

No segundo trimestre, o PIB brasileiro teve queda de 0,6% em comparação com os três meses anteriores. Foi a sexta queda trimestral seguida do PIB brasileiro.

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