Diário de São Paulo
Siga-nos

Associação alerta para aumento de pragas urbanas durante isolamento

Estabelecimentos comerciais fechados e o aumento de resíduos domésticos podem gerar proliferação de pragas urbanas e, em consequência, doenças além da

Associação alerta para aumento de pragas urbanas durante isolamento
Associação alerta para aumento de pragas urbanas durante isolamento

Redação Publicado em 17/06/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h50


Recomendação é que ambientes sejam mantidos limpos e higienizados

Estabelecimentos comerciais fechados e o aumento de resíduos domésticos podem gerar proliferação de pragas urbanas e, em consequência, doenças além da covid-19, com possibilidade de sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde. O alerta foi dado pela Associação dos Controladores de Vetores de Pragas Urbanas (Aprag).Associação alerta para aumento de pragas urbanas durante isolamento

O vice-presidente da associação, Sérgio Bocalini, explicou que devido à pandemia e ao elevado número de estabelecimentos fechados, foi possível perceber um aumento populacional desses vetores e a migração de alguns, como roedores. “Eles não estavam encontrando um ambiente favorável, com alimentação e abrigo em determinados locais que estavam fechados, e começaram a migrar para outros locais, aumentando assim sua população”. O mesmo ocorreu em relação a insetos, como baratas.

O período de quarentena, em função do isolamento social e de estabelecimentos fechados, tem gerado impacto negativo das pragas urbanas. A preocupação maior da Aprag é com o processo de flexibilização das atividades, quando as portas começam a ser reabertas para atendimento ao público.

Sérgio Bocalini destacou que as pragas urbanas oferecem potencial risco de contaminação em relação a outras doenças que causam impacto também na saúde humana, além da covid-19, e que podem vir a agravar o sistema de saúde do país.

Lixo em casa

Os novos hábitos adquiridos no isolamento, durante a pandemia, com aumento da quantidade de resíduos domésticos, podem ter ajudado na proliferação desses agentes transmissores de doenças como dengue, zika, chikungunya, leptospirose, entre outras, disse Bocalini. O vice-presidente da Aprag lembrou a entrega de alimentos em casa, cujas embalagens com resíduos acabam atraindo insetos e roedores nas cidades.

“Nós percebemos que, em diversas cidades, a questão da coleta seletiva ficou parada. Deixou de se recolher muito dessas embalagens descartáveis ou elas foram encaminhadas para o lixo comum ou ficaram na residência, atraindo uma série de animais. Isso tem causado impacto também nas residências. Se a pessoa não tiver uma preocupação forte em manter os ambientes bem limpos e higienizados, também com foco no surgimento de pragas, existe a tendência forte do aumento da população e, consequentemente, dos problemas relacionados a elas”.

Recomendações

A recomendação da Aprag para a população é que não deixe restos de alimentos em pias e mesas. “Quanto mais cuidado ela tiver nesse processo de limpeza e higienização do seu ambiente domiciliar, menores vão ser os atrativos. Descartar o lixo de forma regular para que a coleta pública possa fazer esse recolhimento e não ficar acumulado em determinados espaços na residência, tudo isso vai contribuir bastante”, afirmou.

No caso das lojas que estão retornando ou mesmo as que ainda permanecem fechadas, a Aprag recomenda a contratação do trabalho de uma empresa especializada, porque serão usadas técnicas e equipamentos adequados para combater a presença de vetores de pragas urbanas, diminuindo assim os riscos para clientes e trabalhadores

Sérgio Bocalini observou que há pré-requisitos que devem ser verificados para a contratação de empresas especializadas no controle de vetores e pragas urbanas. Um deles é que a empresa tenha licença de funcionamento. No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, quem emite a licença é o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Em outros estados, são concedidas licenças sanitárias. Além disso, a empresa tem que estar registrada no conselho regional ao qual pertence seu técnico responsável, que pode ser um biólogo, farmacêutico, agrônomo, médico veterinário, químico ou engenheiro florestal. “São pré-requisitos que podem garantir um mínimo de segurança na hora da contratação”, orientou o vice-presidente da associação.

Agência Brasil

Compartilhe  

últimas notícias