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Assessor de Capez diz que fez contrato com cooperativa investigada

Um assessor do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), diz que fez contrato com a cooperativa investigada por supostas

Assessor de Capez diz que fez contrato com cooperativa investigada
Assessor de Capez diz que fez contrato com cooperativa investigada

Redação Publicado em 13/09/2016, às 00h00 - Atualizado às 23h21


Jéter Rodrigues depôs por três horas à CPI da Merenda da Alesp.
Advogado foi irônico e comparou deputados a atores.

Um assessor do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), diz que fez contrato com a cooperativa investigada por supostas fraudes nos contratos de merenda entre prefeituras e o estado. Jéter Rodrigues depôs por três horas à CPI da Merenda nesta terça-feira (13) e caiu em contradição várias vezes.

Os deputados disseram que Jéter estava mentindo e ameaçaram pedir a prisão dele, mas recuaram. O assessor disse que fez um contrato de consultoria com a Coaf e que o deputado Fernando Capez não sabia dos negócios dele.

Ao final do depoimento, ele saiu comemorando. O advogado dele foi até irônico: disse que os deputados da CPI merecem um prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). A APCA não quis comentar a ironia do advogado, que comparou os deputados da CPI a atores.

Promotor
O promotor de Justiça de Bebedouro Leonardo Romanelli disse que a próxima fase da operação que investiga fraudes nos contratos de merenda entre prefeituras e o estado, a Alba Branca, terá a prisão de agentes públicos.

“Isso vai tocar a terceira parte das investigações que a gente espera que seja a próxima”, disse. No entanto, Romanelli não especificou quem seriam esses agentes públicos nem quando acontecerão as prisões. A última movimentação da Operação Alba Branca aconteceu em abril.

O promotor disse que os crimes que estão sendo investigados são associação criminosa, fraude em licitação, corrupção ativa, corrupção passiva e peculato. Segundo ele, há provas de que houve corrupção.

Romanelli disse ainda que a Cooperativa Orgâncica Agrícola Familiar (Coaf), que tem sede em Bebedouro, não funcionava como uma verdadeira cooperativa. “Era feita para a realização de contratos escusos.”

No mês passado, a Secretaria Estadual da Educação declarou a inidoneidade da Coaf. Ou seja, a cooperativa está impedida de fechar contratos com o governo de São Paulo.

Nesta terça, também estava previsto o depoimento de Marcel Ferreira Júlio, lobista e filho do ex-deputado estadual Leonel Júlio. No entanto, ele não compareceu porque conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça que “garante o direito de ficar calado”, comunicou a presidência da CPI. A comissão decidiu reconvocar o lobista para a próxima semana.

O ex-funcionário da Coaf Aluisio Girardi Cardoso também prestou depoimento. Está previsto para o terceiro e último depoimento de Jeter Rodrigues, ex-assessor do presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB).

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