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As mulheres no mercado Executivo

Hoje no Brasil é fato de que mais mulheres do que homens se formam nas nossas universidades. E não somente elas estão se formando em maior número, mas também

As mulheres no mercado Executivo
As mulheres no mercado Executivo

Redação Publicado em 20/06/2018, às 00h00 - Atualizado em 20/07/2018, às 11h56


Hoje no Brasil é fato de que mais mulheres do que homens se formam nas nossas universidades. E não somente elas estão se formando em maior número, mas também com notas melhores. Isso fez com que a curva de entrada no mercado de trabalho se invertesse, ou seja, temos mais jovens estagiárias ou analistas nas empresas do que seus pares masculinos.

Até o nível gerencial, as curvas são muito parecidas, mas quando verificamos os níveis de Diretoria, a inversão é enorme. Pesquisas mostram que hoje as mulheres são somente 25% das Diretoras, por volta de 12% das CEOs e menos de 3% das Conselheiras, nas maiores empresas do Brasil. Lembramos que esses números podem até de alguma forma serem menores se levarmos em conta herdeiras ou fundadoras das empresas, ou seja, as executivas que chegam no topo são ainda a grande minoria em nosso país.

Mas quais então são os fatores que levam as entrantes no mercado a não alcançarem cadeiras mais altas nas organizações? Bom, eles são vários, mas podemos citar dois que acreditamos serem os mais importantes. Em primeiro lugar, a idade média do pulo de uma Gerência para uma Diretoria é de 30-35 anos, ou seja, justamente a idade que muitas mulheres acabam tomando a decisão de constituir suas famílias e engravidarem, deixando muitas vezes a carreira em segundo plano. Outro aspecto importante é a agressividade dos homens, justamente nesse momento de suas carreiras. Para um homem, o momento de virar Diretor é justamente o momento de consolidação de sua carreira, ou seja, muitas vezes vemos os homens muito mais combativos com seus superiores e se dedicando ao seu trabalho em detrimento da sua vida familiar ou pessoal, o que leva os gestores a decidirem por eles na hora de uma promoção.

Mas qual o real benefício de maior diversidade no alto escalão executivo? Pesquisa da consultoria McKinsey provou que ele é financeiro. Empresas com maior porcentagem de mulheres no alto escalão são mais rentáveis, ponto! Certamente essas empresas são mais inclusivas, geram discussões mais elaboradas de diversos temas e são mais atrativas com os jovens que estão entrando no mercado de trabalho. O que você está esperando para aumentar a diversidade de gênero na sua empresa?

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