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‘Artilharia de guerra’, diz delegado sobre armas usadas em assalto a carro-forte

A violência e o poder das armas utilizadas pelos criminosos durante o assalto a um carro-forte na última sexta-feira (27), na BR-153, entre as cidades de

‘Artilharia de guerra’, diz delegado sobre armas usadas em assalto a carro-forte
‘Artilharia de guerra’, diz delegado sobre armas usadas em assalto a carro-forte

Redação Publicado em 31/10/2017, às 00h00 - Atualizado às 10h16


A violência e o poder das armas utilizadas pelos criminosos durante o assalto a um carro-forte na última sexta-feira (27), na BR-153, entre as cidades de Guaraí e Presidente Kennedy, impressionaram os policiais do Tocantins. Entre os fuzis usados estava um armamento de uso exclusivo do Exército, capaz de derrubar até um avião.

“Foram pessoas utilizando artilharia de guerra, de munição ponto 50, artilharia antiaérea, fuzil calibre 762. Além dessa munição de guerra, também a utilização de explosivos”, explicou o delegado da Delegacia Especializada em Investigações Criminais, Wanderson Chaves.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, três assaltantes participaram da ação. Primeiro, eles pararam um carro de passeio e incendiaram o veículo para bloquear a pista. Houve forte tiroteio na região. Eles atacaram o carro-forte e usaram explosivos para abrir o veículo. Os homens conseguiram levar malotes de dinheiro e fugiram em um outro carro que roubaram no local.

As investigações vão ficar sob a responsabilidade de policiais especializados em crimes que envolvem instituições financeiras. “As condições periciais, as requisições já foram realizadas e agora nós já estamos nessa parte investigativa para termos a noção de quem são os autores dessa ação criminosa”, explicou o delegado.

Para a polícia, os seguranças só não se feririam porque abandonaram o carro-forte, já que os criminosos pareciam estar dispostos a explodir o veículo mesmo com eles dentro.

Até agora, os policiais sabem que eram três homens envolvidos diretamente na ação e que eles fugiram a pé pela zona rural de Guaraí. O delegado tem 30 dias para concluir as investigações.

Carro-forte foi atacado por criminosos na BR-153 (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Carro-forte foi atacado por criminosos na BR-153 (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Delegado baleado

Durante as investigações desse assalto, o delegado da Polícia Civil, Marivan da Silva Souza, foi baleado por policiais militares em Guaraí,após ser confundido com um criminoso.

No dia, o delegado, que está há três meses na Polícia Civil, havia saído de Colméia, onde mora, em direção a Guaraí. Ele contou ao G1 que estava desarmado e trafegava em um carro cedido judicialmente para uso da polícia. Já os policiais militares ocupavam um carro preto descaracterizado e estavam sem uniforme da polícia.

“Estava andando devagar na avenida [Guaraí], não estava correndo, até porque o trânsito estava movimentado, quando ouvi um barulho. Encostei o carro e saí, só depois percebi que tinha sido baleado. Me falaram para deitar no chão e apontaram as armas. Aí falei que eu era delegado. Eu estava desarmado”

Ele contou também que no momento chegaram pessoas conhecidas, que confirmaram a identidade dele. Sem entender de fato o que ocorreu e evitando causar polêmicas, o delegado disse que vai deixar que o caso seja investigado.

O Comando Geral da PM ainda não se posicionou, mas em nota, a Turma de Oficiais do Quadro Combatente disse que o delegado estava em alta velocidade e desobedeceu a ordem de parada. Informou ainda que a camionete usada pelo delegado tinha as mesmas descrições de um veículo encontrado com assaltantes de banco em janeiro deste ano, em Itaporã.

Delegado foi baleado em Guaraí (Foto: Divulgação)

Delegado foi baleado em Guaraí (Foto: Divulgação)

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