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Arce dá dica para Gómez ser ídolo no Palmeiras e diz: “No mundo faltam zagueiros desse tipo”

Onze jogos, nenhuma derrota, dois gols marcados e só três sofridos. Esses são os números do zagueiro paraguaio Gustavo Gómez com a camisa do Palmeiras. Em

Arce dá dica para Gómez ser ídolo no Palmeiras e diz: “No mundo faltam zagueiros desse tipo”
Arce dá dica para Gómez ser ídolo no Palmeiras e diz: “No mundo faltam zagueiros desse tipo”

Redação Publicado em 10/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 13h14


Onze jogos, nenhuma derrota, dois gols marcados e só três sofridos. Esses são os números do zagueiro paraguaio Gustavo Gómez com a camisa do Palmeiras. Em menos de dois meses no clube, ele já é considerado um dos pilares do bom momento do Verdão.

Poucos, porém, imaginavam que o jogador teria uma adaptação tão rápida no futebol brasileiro após uma passagem discreta na Itália, com o Milan. Menos Arce, ex-lateral e ídolo do Palmeiras.

Foi ele quem indicou Gustavo Gómez ao técnico Luiz Felipe Scolari, como o próprio revelou recentemente em entrevista coletiva. E não tinha pessoa melhor para conhecer o zagueiro do que Arce. Ambos trabalharam juntos na seleção paraguaia, onde o ex-jogador foi treinador entre 2016 e 2017, e só tem elogios ao compatriota.

– (Gómez) Tem uma agressividade importante para a posição. Atualmente acho que no mundo faltam zagueiros desse tipo. Sem ser muito alto, tem um grande jogo aéreo, tem um bom primeiro passe. Sem ser um velocista, é um cara rápido para a posição, joga muito concentrado e tem um poder de liderança muito grande, e já tem se manifestado assim no tempo que a gente teve ele na Seleção – afirmou Arce em entrevista ao GloboEsporte.com.

Arce dirige o Ohod, da Arábia Saudita — Foto: Divulgação

Arce dirige o Ohod, da Arábia Saudita — Foto: Divulgação

O ex-jogador ainda comparou Gustavo Gómez a um companheiro na conquista da Taça Libertadores de 1999 com a camisa do Palmeiras:

– Acho que tem bastante do (Catalino) Rivarola: forte, agressivo, é zagueiro, zagueiro, tem um pouco mais de técnica que o Rivarola, mas é muito parecido na competitividade, na agressividade e força para disputar a bola como se fosse a última.

Apesar de estar em alta, Gustavo Gómez tem um longo caminho a percorrer para atingir o status de Arce no Palmeiras, que se tornou um ídolo devido às conquistas da Copa do Brasil e a Mercosul, de 1998, e a Libertadores de 1999.

No entanto, recebeu a receita para que atinja a idolatria que o seu compatriota teve durante os quatro anos em que defendeu as cores do Verdão (1998 a 2002).

– Eu acho que tudo tem o seu tempo e a questão de tempo. Ele mantendo a regularidade, jogando todos os jogos, vai passar a ser cada vez mais uma peça importante no time. É fazer o trabalho dele, ser um grande profissional dentro e fora de campo. Eu acho que é o primeiro requisito para depois a torcida ver que você está dando 100% pela camisa – afirmou Arce.

– O profissionalismo do paraguaio e a falta de queixa para fazer qualquer trabalho. O paraguaio é pau para toda obra. Ele fazendo isso tem um bom caminho pela frente – completou.

Gustavo Gómez, zagueiro do Palmeiras, comemorando gol sobre o São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Gustavo Gómez, zagueiro do Palmeiras, comemorando gol sobre o São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Arce e Gustavo Gómez estão mais distantes neste ano. Enquanto o zagueiro mora no Brasil, o ex-jogador vive na Arábia Saudita, onde dirige o Al Ohod, da cidade de Medina. Ele é um dos sete sul-americanos a dirigir uma das 16 equipes da primeira divisão. Outros oito são europeus.

– O Al Ohod é um time dos chamados pequenos aqui, mas com a intenção de se firmar. O trabalho está sendo bom, porém não conseguimos bons resultados nesse início – comentou Arce.

Embora distantes, não deixam de se comunicar. O treinador revelou que Gómez mandou uma mensagem para agradecer pela indicação ao Palmeiras.

Arce durante entrevista coletiva no Al Ohod — Foto: Divulgação

Arce durante entrevista coletiva no Al Ohod — Foto: Divulgação

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