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“Aqui não tomamos medidas precipitadas”, afirma Doria

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) afirmou nesta quinta-feira (26) que "aqui não tomamos medidas precipitadas". A fala de Doria se refere ao

“Aqui não tomamos medidas precipitadas”, afirma Doria
“Aqui não tomamos medidas precipitadas”, afirma Doria

Redação Publicado em 26/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h14


Na última quarta-feira (25) o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, declarou que a adoção da quarentena foi uma medida precipitada

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) afirmou nesta quinta-feira (26) que “aqui não tomamos medidas precipitadas”. A fala de Doria se refere ao ministro Mandetta, que disse que a quarentena foi uma medida precipitada. Em coletiva de imprensa no Palácio do Bandeirantes, Doria diminuiu o tom, mas manteve as críticas. Perguntado sobre decisão e Bolsonaro de manter igrejas abertas, o governador preferiu não comentar.

Doria mais uma vez se referiu ao presidente Jair Bolsonaro, que chamou a covid-19 de “gripezinha”. “Não pense que é uma gripezinha, um resfriadozinho”, disse o governador. “Podemos acertar e errar. Só não podemos minimizar atitudes”, completou.

Ele continuou: “O passado recente mostrou claramente que o tempo do nós contra eles não resolve. O momento agora é da vida contra a morte. Continuaremos aqui em São Paulo tratando de vidas, e não de eleição”. Diferente de ontem, porém, Doria evitou mencionar o nome do presidente.

A quarentena obrigatória está em curso no estado de São Paulo desde ontem (25) e ficará em vigor até o dia 7 de abril. “Queria cumprimentar os brasileiros de São Paulo por estarem cumprindo solidariamente a quarentena”, disse Doria.

“Todas as decisões do governo do estado de São Paulo na área de saúde e na área econômica são fundamentadas em dados e em estudos feitos por grupos de trabalho”, completou o governador, reforçando o que vem afirmando desde o começo da crise.

Questão das igrejas

Quando perguntado sobre se a decisão de Jair Bolsonaro de considerar essenciais o funcionamento de igrejas e demais cultos religiosos seria uma afronta aos governadores, Doria afirmou que preferia não se posicionar sobre o assunto. O governador, no entanto, afirmou que conta com a cooperação dos dirigentes religiosos para que realizem suas missas e cultos virtualmente.

João Doria finalizou a coletiva de imprensa desta quinta afirmando que “sem seres humanos, sem consumo, não teremos economia”, em mais uma alfinetada ao posicionamento de Bolsonaro. “Agora é a hora de proteger vidas”, reiterou.

Reunião de governadores

João Doria se referiu ainda à reunião entre os governadores que aconteceu na última quarta. Depois do encontro virtual, todos os líderes estaduais assinaram uma carta com reivindicações de ordem econômica para o governo federal.

“A partir de hoje vamos aguardar a decisão, a manifestação e, eu espero, a operacionalização do governo federal”. O governador paulista acredita que medidas de auxílio financeiro aos estados devem ser anunciadas pelo governo federal nas próximas 72h.

iG

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