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Aprovar a reforma da Previdência seria ‘belo encerramento do governo Temer’, diz Paulo Guedes

O futuro ministro da Economia no governo Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (6) que aprovar a reforma da Previdência ainda neste ano

Aprovar a reforma da Previdência seria ‘belo encerramento do governo Temer’, diz Paulo Guedes
Aprovar a reforma da Previdência seria ‘belo encerramento do governo Temer’, diz Paulo Guedes

Redação Publicado em 06/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 13h09


Futuro ministro da Economia disse que Brasil está ‘bastante atrasado’ com relação à Previdência. Mais tarde, Bolsonaro repetiu que gostaria de ver ‘alguma coisa’ aprovada ainda neste ano.

O futuro ministro da Economia no governo Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (6) que aprovar a reforma da Previdência ainda neste ano seria “um belo encerramento” do governo Michel Temer.

Ele deu a declaração em entrevista a jornalistas após participar de cerimônia no Congresso Nacional em homenagem aos 30 anos da Constituição.

“A reforma da Previdência é algo muito importante e acho que seria um belo encerramento do governo Temer. Derrubou a inflação, fez a reforma trabalhista, o teto de gastos e a reforma da Previdência. Em dois anos, seria um governo interessante”, afirmou o economista.

Ele voltou a defender a urgência de se aprovar mudanças nas regras de aposentadoria e que o Brasil já está “bastante atrasado” nessa questão.

“Eu acho urgente a reforma da Previdência. Tinha defendido isso antes de ser convidado a integrar o governo. Há anos que eu falo sobre isso. Acho que estamos bastante atrasados”, disse Guedes.

Atualmente, tramita na Câmara dos Deputados uma proposta enviada pelo governo Michel Temer para mexer na Previdência. O projeto prevê idade mínima de aposentadoria de 62 anos para mulheres e 65 para homens (para trabalhadores do setor público e privado), com a regra de transição até 2042. Há exceções, como nos casos de professores, policiais e trabalhadores em condições prejudiciais à saúde.

O texto foi aprovado em uma comissão especial na Câmara, mas não chegou a ser analisado no plenário pela falta de apoio. Por se tratar de uma mudança na Constituição, precisa dos votos de ao menos 308 dos 513 deputados em dois turnos antes de seguir ao Senado.

Bolsonaro

Pouco depois da fala de Guedes, em entrevista ao chegar ao Ministério da Defesa para uma visita ao ministro Joaquim Silva e Luna, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou que gostaria que “alguma coisa” da reforma da Previdência fosse aprovada ainda neste ano.

Segundo ele, o que será aprovado dependerá da disposição da Câmara e do Senado. Nesta segunda (5), em entrevista à TV Aparecida, o presidente eleito já havia falado sobre a reforma.

“Vamos conversar com o Temer amanhã […]. Tem que sair alguma, gostaríamos que saísse alguma coisa [ainda neste ano] e não é o que nós queremos ou o que a equipe econômica quer, é aquilo que a gente pode aprovar na Câmara e no Senado”, afirmou Bolsonaro.

Forças Armadas

Durante a entrevista, Bolsonaro afirmou que, segundo Paulo Guedes, as Forças Armadas não terão recursos contingenciados no orçamento no futuro.

“Segundo Paulo Guedes não terão mais recursos contingenciados, segundo o Paulo Guedes, tá ok?. Ele que manda na economia” disse o presidente.

Bolsonaro afirmou que considera justo não contingenciar recursos do Exército, Marinha e Aeronáutica.

“Nada mais justo, é um reconhecimento às Forças Armadas não contingenciar recursos que são tratados com tanto zelo por parte deles”, declarou.

Segundo o presidente, “ os militares terão lugar de destaque” em seu governo. Até quarta-feira, Bolsonaro terá encontros com os atuais comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.

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