Pressionada por empresários ligados, principalmente, ao setor de bares e restaurantes, a gestão de João Doria (PSDB) promoveu uma série de mudanças nas regras
Redação Publicado em 06/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h59
Pressionada por empresários ligados, principalmente, ao setor de bares e restaurantes, a gestão de João Doria (PSDB) promoveu uma série de mudanças nas regras do Plano São Paulo nos últimos dias. No intervalo de uma semana, a Grande São Paulo viveu três estágios diferentes da quarentena: fase vermelha no último final de semana (dias 30 e 31 de janeiro), fase laranja ao longo da semana e, neste final de semana (dias 6 e 7 de fevereiro), o retorno da fase amarela.
O governo estadual defende que as mudanças foram possíveis por conta da melhora nos indicadores de Covid-19 em algumas regiões. No entanto, o próprio governo havia determinado anteriormente que nenhuma região poderia avançar de fase até o dia 8 de fevereiro, mesmo se tivesse melhora nos índices. (veja a imagem abaixo, apresentada em coletiva de imprensa no dia 22 de janeiro).
Nesta semana, grupos ligados a restaurantes e bares da cidade de São Paulo fizeram protestos na Avenida Paulista contra a determinação de fecharem aos finais de semana. O governador João Doria chegou ser ameaçado de morte pelo dono de uma churrascaria na Zona Sul da capital paulista. Ele foi preso por incitação ao crime.
O médico Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência contra Covid-19, comitê criado pelo governo estadual para orientar as decisões sobre a pandemia, disse que recebeu com “alívio” a mudança nos números que permitiu a alteração das regras.
“As projeções que nós tínhamos no meio do mês de janeiro eram extremamente preocupantes, e levaram a recomendações de aumento de restrições de atividades. Essas restrições que permitiram, ao longo desta semana, um efeito observado principalmente na redução do indicador de novas internações por Covid-19”, disse Menezes.
“A reclassificação então é feita de acordo com os critérios, algoritmos estabelecidos pelo centro, e que permitem que as regiões que apresentaram melhoras mais significativas possam manter a suas atividades em setores conforme essa classificação”, completou.
A sequência de alterações teve início em 22 de janeiro, quando o governo determinou que todo o estado ficaria na fase vermelha nos finais de semana de 30 e 31 de janeiro e 6 e 7 de fevereiro. Desse modo, regiões que estavam na fase laranja teriam dois estágios da quarentena na mesma semana: laranja nos dias úteis, e vermelho aos sábados e domingos.
Com os protestos de restaurantes, que não puderam funcionar no último fim de semana, a gestão estadual recuou e suspendeu essa regra na última quarta (3), permitindo o funcionamento desse setor, além de outros como comércio de rua e shoppings, neste sábado (6) e domingo (7).
Além disso, nesta sexta (5), o governo anunciou uma nova reclassificação do plano e colocou seis regiões do estado na fase amarela – entre elas, a Grande SP, onde vive quase metade da população do estado.
Desse modo, a Grande SP e outras regiões do estado viveram três fases diferentes da quarentena em um intervalo de sete dias: começaram a semana na fase vermelha, em vigor no último domingo (31); tiveram a fase laranja entre segunda e sexta-feira; e, neste sábado, terminam o período na fase amarela do plano.
Nesses locais, restaurantes vão poder funcionar até as 22h neste final de semana. Se a regra determinada pelo governo estadual no final de janeiro não tivesse sido suspensa, apenas serviços essenciais poderiam abrir nos dias 6 e 7 de fevereiro.
Tradicionalmente, as mudanças de fase do Plano São Paulo são anunciadas às sextas-feiras, mas passam a valer apenas na segunda. No entanto, esta regra também foi alterada pelo governo de SP: a reclassificação divulgada nesta sexta vai valer já a partir deste sábado.
O Plano São Paulo regulamenta a quarentena em todo o estado. Ele divide o estado em regiões e as classifica em cores. Isso determina quais locais podem avançar nas medidas de reabertura da economia.
Ao anunciar as medidas extras de endurecimento da quarentena no dia 22, o governo de São Paulo afirmou que havia risco iminente de colapso do sistema de saúde porque os indicadores da pandemia estavam todos em alta.
Nesta sexta-feira, a justificativa dada para revogar as medidas foi a de que as restrições já foram suficientes para controlar a situação.
Principalmente por conta da abertura de novos leitos, houve redução da taxa geral de ocupação de leitos de UTI no estado de 71% no dia 22 para 66,3% nesta sexta-feira.
O número de novas internações também teve leve queda nas últimas três semanas, mas dentro do patamar do que os especialistas consideram estabilidade. Ainda assim, a média de novas internações por dia continua em 1,5 mil.
O total de pacientes internados com suspeita ou confirmação da Covid-19 continua acima de 12 mil desde o início do mês.
Já a média de mortes pela doença permanece há 28 dias consecutivos acima de 200. Nesta sexta, o valor é de 229. O indicador permaneceu estável em um patamar alto durante todo o ano de 2021, sem queda significativa. No mês de janeiro, houve alta de 37% no número de óbitos em relação a dezembro de 2020.
O número de casos confirmados também segue estável em um patamar alto, com média diária acima de 10 mil há 28 dias seguidos.
327 mortes foram registradas de ontem para hoje. O total de vítimas no estado agora é de 54.324
.
.
.
Fonte: GE – Globo Esporte.
Leia também
Após 56 anos, Narcisa Tamborindeguy finalmente revela sexualidade
BOMBA! Andressa Urach revela se já fez sexo com o próprio filho
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
Ex-marido de Isadora Pompeo fala sobre o fim do casamento com a cantora gospel
VÍDEO: pastor é flagrado fazendo sexo com menor de idade nos fundos de igreja
'Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes' estreia na Netflix
Santos x Paysandu: confira horário e onde assistir ao jogo da Série B do Brasileiro
Filme de sucesso! “Guerra Civil” quebra recorde e lidera bilheterias no Brasil
Rodovias federais terão pontos de descanso para motoristas; veja como vai funcionar
Mandisa, cantora gospel vencedora de um Grammy, morre aos 47 anos