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Era Pelé, Ricardo Oliveira x Prass… Rivalidade entre Palmeiras e Santos chega ao ápice em final da Libertadores

Santos e Palmeiras se enfrentaram três vezes nesta temporada. Foram dois empates (0 a 0, pelo Paulistão, e 2 a 2, pelo Brasileirão) e uma vitória do Verdão (2

Pelé
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Redação Publicado em 25/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h06


Donos das melhores campanhas da Libertadores, Palmeiras e Santos se enfrentam neste sábado, às 17h (de Brasília), no Maracanã, no que promete ser o capítulo mais grandioso da história dessa rivalidade centenária.

O duelo vale o tão desejado título do torneio sul-americano e marca o ápice de uma rivalidade que já viveu momentos históricos, com jogos marcantes, trocas de provocações e disputas de troféus.

Campeão em 1962, 1963 e 2011, o Santos busca o tetra da Libertadores, o que o tornaria o clube brasileiro com o maior número de títulos do torneio, enquanto o Palmeiras briga pela segunda conquista da competição continental – a primeira foi em 1999.

Apelidados de Clássico da Saudade em razão de várias partidas marcantes nos anos 50 e 60, os jogos entre os rivais paulistas também tiveram grande destaque em 2015, quando decidiram Campeonato Paulista (vencido pelo Peixe) e Copa do Brasil (conquistada pelo Verdão).

Abaixo, o ge relembra os principais cápitulos dessa rivalidade, com jogos decisivos, disputas de título e polêmicas. Veja:

Disputas na era Pelé

Sob a batuta de Pelé e companhia, o Santos era o time a ser superado nas décadas de 50 e 60. E o Palmeiras era um dos poucos times que batiam de frente.

Entre 1955 e 1966, o Santos venceu oito títulos do Campeonato Paulista. Nos anos em que não foi campeão, em 1959, 1963 e 1966, a taça ficou com o Palmeiras. O período, portanto, foi um dos grandes pontos de partida da rivalidade.

Em 1959, inclusive, foi a primeira vez que Santos e Palmeiras se enfrentaram em uma final disputada em três jogos no Pacaembu. Nos dois primeiros, dois empates: 1 a 1 e 2 a 2. O Verdão conquistou a taça ao bater o Peixe por 2 a 1 na partida de desempate.

A partir dos anos 60, Pelé e Ademir da Guia rivalizavam e eram as estrelas de Santos e Palmeiras.

Ademir da Guia e Pelé durante Palmeiras x Santos — Foto: Equipe AE / Estadão Conteúdo

Ademir da Guia e Pelé durante Palmeiras x Santos — Foto: Equipe AE / Estadão Conteúdo

As finais de 2015

Com duas disputas de título, jogos quentes e provocações, o ano de 2015 foi marcante para a rivalidade entre Santos e Palmeiras.

Logo no primeiro torneio da temporada, os rivais decidiram o Campeonato Paulista. O Santos levou a melhor – perdeu por 1 a 0 no Allianz Parque, mas venceu por 2 a 1 e levou nas penalidades na Vila Belmiro.

Comemoração do Santos após conquista do título paulista em 2015 — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Comemoração do Santos após conquista do título paulista em 2015 — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Lucas Lima, ex-Santos e atualmente no Palmeiras, foi o cobrador do último pênalti e deu o título ao Peixe. O meia chegou a tatuar o lance na perna após aquela decisão. Hoje, está do lado contrário.

Não foram só as competições mata-mata que esquentaram a “relação” entre Santos e Palmeiras em 2015. No segundo turno do Brasileirão daquele ano, uma “careta” de Ricardo Oliveira na comemoração de um gol enfureceu jogadores e torcida alviverde. O gesto não era novidade na carreira do atacante, mas foi encarado como provocação – e motivação.

Ricardo Oliveira e a careta que causou polêmica — Foto: Marcos Ribolli

Ricardo Oliveira e a careta que causou polêmica — Foto: Marcos Ribolli

Além da rivalidade natural entre Santos e Palmeiras, dois personagens do clássico se estranhavam com frequência: Ricardo Oliveira e Fernando Prass.

Eles protagonizaram discussões e trocas de farpas durante toda aquela temporada. Antes do episódio da “careta”, Oliveira e Prass já haviam se desentendido no primeiro turno. Os dois trocaram empurrões e acusações de agressão. Depois do ocorrido, o atacante ironizou o goleiro:

– Acho que é a rivalidade. Normal, coisa do futebol. Pode ser um ressentimento da final, da cavadinha… – disse Ricardo Oliveira, se referindo ao título paulista e a um gol marcado por cobertura ainda na fase de grupos daquele estadual.

Kelvin, ex-Palmeiras, provoca Ricardo Oliveira em comemoração de título da Copa do Brasil em 2015 — Foto: Marcos Ribolli

Kelvin, ex-Palmeiras, provoca Ricardo Oliveira em comemoração de título da Copa do Brasil em 2015 — Foto: Marcos Ribolli

O gesto de Ricardo Oliveira foi “cobrado” meses depois, na final da Copa do Brasil. Dessa vez, o Palmeiras ficou com a taça depois de dois duelos emocionantes. O Verdão perdeu por 1 a 0 na Vila Belmiro, mas conseguiu reverter o placar ao vencer por 2 a 1 e depois as penalidades no Allianz Parque.

Os jogadores do Palmeiras, em meio à festa pelo título conquistado, comemoraram com a famosa “careta” de Ricardo Oliveira, claramente ironizando o atacante.

Jogadores do Palmeiras comemoraram título da Copa do Brasil com careta de Ricardo Oliveira — Foto: Cesar Greco \ Ag. Palmeiras

Jogadores do Palmeiras comemoraram título da Copa do Brasil com careta de Ricardo Oliveira — Foto: Cesar Greco \ Ag. Palmeiras

O ápice

Depois de 2015, Santos e Palmeiras se enfrentaram em mata-matas em duas oportunidades, ambas válidas pela semifinal do Campeonato Paulista. Em 2016, o Peixe levou a melhor. O Palmeiras deu o troco em 2018.

Na atual Libertadores, o Palmeiras é dono da melhor campanha. Na fase de grupos, desbancou Guaraní, Bolivar e Tigre. No mata-mata, passou por Delfín, Libertad e River Plate.

Segundo melhor time em termos de pontuação no torneio sul-americano, o Santos passou por Defensa y Justicia, Olimpia e Delfín na fase de grupos e bateu LDU, Grêmio e Boca Juniors nas fases eliminatórias.

Santos e Palmeiras se enfrentaram três vezes nesta temporada. Foram dois empates (0 a 0, pelo Paulistão, e 2 a 2, pelo Brasileirão) e uma vitória do Verdão (2 a 1, pelo Brasileirão).

Quem leva a melhor no sábado?

Matías Viña teve trabalho ao marcar Marinho no duelo entre Santos e Palmeiras — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Matías Viña teve trabalho ao marcar Marinho no duelo entre Santos e Palmeiras — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

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