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Após derrubar denúncia, Temer chega mais tarde ao Planalto e recebe deputados

Na manhã seguinte à vitória na Câmara dos Deputados que barrou a denúncia por corrupção passiva apresentada pela Procuradoria Geral da República, o presidente

Após derrubar denúncia, Temer chega mais tarde ao Planalto e recebe deputados
Após derrubar denúncia, Temer chega mais tarde ao Planalto e recebe deputados

Redação Publicado em 03/08/2017, às 00h00 - Atualizado às 14h03


Nesta quarta (2), Câmara rejeitou denúncia de corrupção contra o presidente apresentada pela PGR. Temer tomou café da manhã com os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.

Na manhã seguinte à vitória na Câmara dos Deputados que barrou a denúncia por corrupção passiva apresentada pela Procuradoria Geral da República, o presidente Michel Temer esticou a permanência na residência oficial.

Nesta quinta-feira (3), o peemedebista chegou ao Palácio do Planalto por volta das 11h20 – geralmente, ele costuma iniciar o dia no gabinete entre 9h e 10h. A agenda presidencial registra para esta quinta audiências com apenas três deputados.

Segundo o G1 apurou, o presidente iniciou o dia no Palácio do Jaburu com café e conversas. Temer recebeu na residência oficial os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), seus aliados mais próximos.

A TV Globo apurou que o advogado do presidente, Antonio Cláudio Mariz, também passou pela residência. A manhã teve assuntos diversos na pauta, como o placar da votação da noite anterior, a retomada das reformas e questões jurídicas sobre o futuro do presidente.

Temer ficou na residência oficial depois de permanecer por mais de 13 horas no Planalto na quarta-feira (2). Chegou às 9h30 e saiu às 23h. Após a votação, fez um pronunciamento à imprensa, falou em vitória do “estado democrático”, e confraternizou no gabinete com ministros e parlamentar e rumou ao Jaburu.

Nesta quinta, no Planalto, o entra e sai de deputados e ministros arrefeceu. Assessores do presidente chegaram a cogitar incluir na agenda uma solenidade, porém, os congressistas deixando Brasília e o cansaço pela maratona da quarta revisaram os planos.

O clima é de ressaca depois da vitória do governo na votação que impediu o Supremo Tribunal Federal de analisar a denúncia por corrupção passiva contra o presidente, baseada nas delações da JBS.

Até o início da tarde, a agenda oficial de Temer trazia audiências com três parlamentares – Pauderney Avelino (DEM-AM), Fábio Ramalho (PMDB-MG) e o líder do governo na Câmara Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Ritmo distinto dos dias anteriores. De segunda a quarta-feira, o presidente recebeu mais de 80 deputados.

Pauderney ainda teve encontro com Padilha e conversou com a imprensa. Para ele, vencida a denúncia, o clima é de “normalidade” e de retomada das reformas. O parlamentar acredita que as mudanças previdenciárias e tributárias atrairão parte dissidente da base – a coalisão de Temer teve 263 votos contra a acusação da PGR e a PEC da Previdência exige 308 votos em plenário.

“O exército para as reformas é maior do que aquele expressado ontem, no placar final”, disse. “Se a denúncia, uma agenda negativa, teve 260 votos, uma agenda positiva, que são as reformas, terá os votos necessários.

Nos próximos dias, Temer e sua articulação política querem intensificar as negociações sobre a reforma da Previdência, definida como “prioridade” do governo pelo ministro Eliseu Padilha em entrevista ao G1. A simplificação tributária e a reforma política também serão discutidas.

O Planalto ainda monitora a possibilidade de Temer ser alvo de uma nova denúncia da PGR, que poderia tratar dos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa. Na quarta, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o STF inclua Temer, Padilha e Moreira no inquérito que apura se integrantes do PMDB formaram uma organização criminosa para desviar recursos da Petrobras e de outros órgãos públicos.

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