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Após derrota, Trump pede nova recontagem de votos na Geórgia

A equipe de campanha de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos derrotado na tentativa de se reeleger, pediu no sábado (21) mais uma recontagem dos votos

Após derrota, Trump pede nova recontagem de votos na Geórgia
Após derrota, Trump pede nova recontagem de votos na Geórgia

Redação Publicado em 22/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 20h23


Vitória de Joe Biden no estado sulista já até foi certificada, mas Trump teve o direito de pedir mais uma contagem porque a margem se manteve abaixo de 0,5 ponto percentual. Derrotado nas urnas, o presidente americano acumula revezes na Justiça na tentativa de reverter a conquista democrata.

A equipe de campanha de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos derrotado na tentativa de se reeleger, pediu no sábado (21) mais uma recontagem dos votos na Geórgia.

O estado no sudeste americano deu vitória ao presidente eleito Joe Biden. Porém, como a margem foi inferior a 0,5 ponto percentual, as cédulas foram contadas manualmente uma segunda vez. A nova contagem não viu mudanças significativas no resultado e manteve a vitória do democrata — que foi, inclusive, oficialmente certificada.

Ainda assim, a vantagem continuou dentro de 0,5 ponto percentual, e Trump teve direito a pedir mais uma recontagem. O procedimento, historicamente, não muda o resultado de eleições nos EUA. Desta vez, a nova apuração ocorrerá eletronicamente.

“O presidente Trump e sua campanha continuam a insistir em uma recontagem honesta na Geórgia, que precisa incluir a verificação de assinaturas e outras salvaguardas vitais”, disse a equipe do republicano.

Funcionários da autoridade eleitoral do condado de Cobb, na Geórgia, fazem auditoria dos votos na segunda-feira (16) para a recontagem das eleições presidenciais dos EUA — Foto: Mike Stewart/AP Photo

Funcionários da autoridade eleitoral do condado de Cobb, na Geórgia, fazem auditoria dos votos na segunda-feira (16) para a recontagem das eleições presidenciais dos EUA — Foto: Mike Stewart/AP Photo

É muito difícil que uma nova contagem mude o resultado das urnas, até porque a Geórgia já certificou a vitória de Biden por uma diferença de pouco mais de 12 mil votos. Até agora, as autoridades estaduais — que têm maioria republicana, mesmo partido de Trump — não encontraram nenhum indício de irregularidade.

“O sistema eleitoral da Geórgia nunca foi tão seguro e confiável”, garantiu o secretário de Estado, Brad Raffenspenger, que é do mesmo Partido Republicano de Trump.

Apesar da derrota, Trump insiste em batalha legal

Presidente dos EUA, Donald Trump, durante pronunciamento na Casa Branca nesta sexta-feira (20) — Foto: Carlos Barria/Reuters

Presidente dos EUA, Donald Trump, durante pronunciamento na Casa Branca nesta sexta-feira (20) — Foto: Carlos Barria/Reuters

As projeções do Colégio Eleitoral apontam que Biden venceu as eleições por 306 votos a 232 — a mesma margem que Trump obteve sobre Hillary Clinton em 2016. Mesmo assim, o atual presidente insiste que não perdeu a disputa e que foi vítima de fraude, sem no entanto apresentar nenhuma comprovação de qualquer irregularidade.

No sábado, o republicano perdeu mais uma ação judicial na Pensilvânia. Um juiz federal se recusou a descartar milhões de votos enviados por correio no estado — prática permitida há anos nos EUA — por falta de consistência na petição. Trump disse que vai recorrer, mas há poucas chances de que o resultado mude.

O presidente também viu fracassar sua tentativa de convencer lideranças republicanas de Michigan, outro estado-chave vencida por Biden, de que a eleição foi fraudada. Os parlamentares até admitiram que todo indício deve ser investigado, mas disseram que, até o momento, nenhuma irregularidade capaz de mudar o resultado foi encontrada.

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G1

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