Após ciclo de altos e baixos, Thiago Braz vai confiante para a final do salto com vara

Muita coisa mudou na vida de Thiago Braz desde aquela noite de segunda-feira, dia 15 de agosto de 2016. Na ocasião, como candidato, mas não favorito ao ouro, ele conquistou o título olímpico com a marca de 6,03m. Cinco anos depois, voltou a competir nas Olimpíadas, conseguindo a vaga para a final do salto com vara com 5,75m, e irá tentar uma medalha na terça-feira, 7h20 (de Brasília) a medalha:

– A medalha deve sair de 5.90m para cima. Saltei isso umas cinco vezes neste ciclo, contando provas indoor e outdoor. Eu espero fazer um ótimo salto na final, nas alturas altas, tudo depende ali do início, preciso estar na final, sentir a sensação e ajustar no aquecimento, mas na minha cabeça está visando fazer os ótimos saltos. E tentar não errar tentativas – disse Thiago, que terá como principais adversários na final o sueco Armand Duplantis, que é o recordista mundial, e o francês Renaud Lavillenie, prata na Rio 2016.

– Esse é o mistério dos atletas, esse é o brilho da competição, tudo pode inspirar, lembrar da família, da trajetória, lembrar dos sonhos, me sentir inspirado, muita coisa pode acontecer, estou chegando na final sem saber o que vai acontecer – disse, relembrando da medalha de ouro em 2016.

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No caminho do Rio até Tóquio, Thiago Braz não conseguiu manter seus bons resultados. Ficou fora do Campeonato Mundial de 2017, foi só 12º no Mundial Indoor de 2018, mas conseguiu voltar ao grupo dos melhores do planeta em 2019, quando foi 5º colocado em Doha, no Catar. Neste meio tempo, foi contratado e dispensado pelo Esporte Clube Pinheiros:

– O que eu posso dizer? Decidiram desse jeito, é triste, mas não sei se não quiseram esperar o tempo das Olimpíadas, não sei o que aconteceu, para mim é triste. Fiquei chateado, não vou criticar, mas foi triste – disse.

Na ocasião, em nota, o Pinheiros afirma que irá arcar com a multa rescisória, que seria de 50% dos valores devidos até dezembro, como também vai garantir o pagamento do salário integral do mês de abril ao atleta, e que a rescisão poderia ser feita em qualquer período pelo clube.

Thiago Braz salto com vara Olimpíadas de Tóquio — Foto: Reuters

No período de cinco anos, Thiago Braz foi morar na Itália, voltou ao Brasil, mas decidiu novamente ir para a Europa, onde mora na cidade de Fórmia. Ele explica as idas e vindas que, aparentemente, deram certo, já que está na final de mais uma edição das Olimpíadas

– Conforto familiar é importante, eu precisava, depois eu voltei para a Itália, foi simplesmente isso que aconteceu. A gente não saltou tão bem alguns anos (do ciclo), nós erramos bastante coisa, saltei menos do que eu gostaria – disse.

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Fontes: G1 – Globo.