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Após acordo para manter vetos, Bolsonaro elogia ‘independência entre Poderes’

Após o Congresso manter os seus vetos a um trecho da proposta de diretrizes para o Orçamento de 2020, o presidente Jair Bolsonaro comemorou nesta quinta-feira

Após acordo para manter vetos, Bolsonaro elogia ‘independência entre Poderes’
Após acordo para manter vetos, Bolsonaro elogia ‘independência entre Poderes’

Redação Publicado em 05/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h28


Presidente comemorou votação da proposta de diretrizes para o Orçamento; Congresso manteve vetos do presidente

Após o Congresso manter os seus vetos a um trecho da proposta de diretrizes para o Orçamento de 2020, o presidente Jair Bolsonaro comemorou nesta quinta-feira a “independência entre os Poderes”. Dois dias atrás, Bolsonaro havia negado ter feito um acordo com o Legislativo. Entretanto, os vetos só forma mantidos após o presidente encaminhar projetos que mantêm R$ 19 bilhões nas mãos do Congresso.

“Por 398 x 2 a Câmara dos Deputados manteve os vetos ao Orçamento. Independência entre os Poderes e respeito à democracia é o que o povo deseja no Brasil”, escreveu Bolsonaro em redes sociais.

O trecho vetado daria aos parlamentares o poder de controlar R$ 30 bilhões. Para não perder a gestão de toda a quantia, com a eventual derrubada do veto , o Palácio do Planalto acertou a manutenção dele em troca do encaminhamento dos projetos. As propostas, que ainda precisam ser aprovadas, deixaram o governo o controle de R$ 101,1 bilhões.

Na terça-feira, após o encaminhamento dos projetos, havia dito que não houve negociação sobre o valor de R$ 30 bilhões. “Não houve qualquer negociação em cima dos R$ 30 bilhões. A proposta orçamentária original do Governo foi totalmente mantida”, escreveu, também em redes sociais.

A negociação do acordo levou semanas, com capítulos de desalinho, como a declaração do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, classificando os congressistas como “chantagistas”. Também houve desentendimento entre Câmara e Senado, que queriam ritos diferentes na votação. A Câmara defendia a votação dos projetos antes do veto. Acabou cedendo à pressão de parte dos senadores, que pediam a análise do veto antes das propostas.

iG

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