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Ao justificar prisão de Pezão, Dodge diz que esquema criminoso no Rio de Janeiro ‘não cessou’

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta quinta-feira (29) que havia "infrações criminosas muito graves" ocorrendo no Rio de Janeiro ao

Ao justificar prisão de Pezão, Dodge diz que esquema criminoso no Rio de Janeiro ‘não cessou’
Ao justificar prisão de Pezão, Dodge diz que esquema criminoso no Rio de Janeiro ‘não cessou’

Redação Publicado em 29/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 08h41


Procuradora-geral da República concedeu entrevista horas depois da prisão do governador do Rio. Segundo ela, crimes como lavagem de dinheiro continuam ocorrendo no estado.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta quinta-feira (29) que havia “infrações criminosas muito graves” ocorrendo no Rio de Janeiro ao justificar a prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB).

Pezão foi preso na manhã desta quinta no Palácio Laranjeiras. Além do governador, outras oito pessoas foram presas na Operação batizada de Boca de Lobo.

Dodge explicou que embora as investigações sejam realizadas há algum tempo, as prisões foram necessárias porque crimes como o de organização criminosa e lavagem de dinheiro ainda estão em curso.

“Um dos crimes em curso é o de organização criminosa, continua atuando e especialmente à lavagem de dinheiro. A lavagem é o crime que se pratica após a corrupção e que consiste em ocultar onde o dinheiro está. Pelas informações, continua a ser feito”, afirmou, ao justificar prisão de Pezão às vésperas de fim do mandato, que se encerra em 31 de dezembro.

A procuradora-geral da República afirmou que o crime de lavagem de dinheiro é “igualmente grave” porque, “se o dinheiro desviado pela corrupção continua na posse de quem desviou, o patrimônio publico terá dificuldade em ser recomposto”.

Dodge ressaltou que “o esquema criminoso” que atua no Rio de Janeiro se instalou “em diversas unidades públicas do estado”. Ela disse ainda que “muitos já estão condenados e presos, mas percebeu-se que este esquema criminoso ainda não cessou”.

“E é por essa razão, os infratores ainda praticarem esse crime, que chegou-se a necessidade de requerer prisão preventiva para a garantida da ordem pública”, disse a PGR.

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