A nova ministra da Agricultura, Teresa Cristina, disse nesta quarta-feira (2) em discurso ao assumir o ministério, que o Brasil é "modelo" em preservação
Redação Publicado em 02/01/2019, às 00h00 - Atualizado às 13h35
A nova ministra da Agricultura, Teresa Cristina, disse nesta quarta-feira (2) em discurso ao assumir o ministério, que o Brasil é “modelo” em preservação ambiental.
Deputada federal (DEM-MS) licenciada do mandato, Tereza Cristina é da bancada ruralista da Câmara.
No discurso feito ao assumir o cargo, a ministra defendeu uma “política focada nos interesses comerciais do Brasil” e que o país não pode “jamais” ser classificado como “transgressor” ou ser “recriminado” em relação à preservação ambiental.
“São relevantes as questões relacionadas ao clima, à sustentabilidade e à biodiversidade. A discussão honesta deveria partir de uma premissa básica: o Brasil é um país com legislação ambiental extremamente avançada, que mais soube preservar suas florestas nativas e matas ciliares. Nosso país é um modelo a ser seguido, jamais transgressor a ser recriminado”, disse a ministra.
O ex-ministro Blairo Maggi não compareceu à cerimônia. O chefe de gabinete, Coronel Coaraci Nogueira de Castilho, representou Blairo na solenidade e transferiu o cargo para Tereza Cristina.
Ela afirmou ainda que a agricultura familiar terá “integral apoio” da pasta e que a modernização é essencial para manter a competitividade. Tereza defendeu uma “política focada interesses comerciais do Brasil” e que o país não pode “jamais” ser classificado como “transgressor” ou ser “recriminado” por investir em agronegócio.
Após a solenidade, Tereza Cristina foi questionada por jornalistas sobre a medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro que passa para o Ministério da Agricultura a responsabilidade pela demarcação de terras indígenas e quilombolas.
Até então, a atribuição de demarcar terras indígenas ficava com a Fundação Nacional do Índio (Funai), vinculada ao Ministério da Justiça; e terras quilombolas ficavam sob responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), vinculada à Casa Civil.
Para Tereza Cristina, a transferência da responsabilidade para a Agricultura é “natural”.
“Os assuntos fundiários, todos eles, seja Amazônia Legal, seja o que for, está vindo para o Incra. O mosaico de todas as terras brasileiras estarão sob a orientação do Incra. A Funai toda, uma parte ficará com Direitos Humanos, com a Damares, a parte políticas públicas para os indígenas. Aqui é simplesmente questão fundiária, que virá para o Incra, o que é natural porque o Incra cuida dessas questões há muitos anos”, explicou a nova ministra.
Tereza Cristina disse que está em análise a criação de um conselho para deliberar sobre demarcação de terras. Esse conselho seria formado por membros de diversos ministérios.
“Toda parte fundiária vem para Incra agora de fato e a Secretaria de Assuntos Fundiários vai controlar essas políticas. A Funai não ficou com o Ministério da Agricultura. A parte fundiária veio para o Incra e nós temos uma conversa de fazer um conselho, esse conselho ainda está sendo decidido, para que as demarcações sejam feitas através dele. A secretaria cuidará tão somente de assuntos fundiários como o Incra já faz com todas as terras brasileiras. O conselho seria interministerial”, disse a ministra da Agricultura.
Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias nasceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Formou-se em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Viçosa em Minas Gerais e trabalhou nas fazendas da família por 10 anos.
Após esse período foi convidada para trabalhar em São Paulo na diretoria de empresas multinacionais.
Voltou ao seu estado no fim da década de 90, para trabalhar novamente em suas propriedades, sendo convidada para participar da diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), ocupando o cargo de segunda secretária.
Em 2006, assumiu o cargo de superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). No final do mesmo ano, foi convidada para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo do Governo do Estado Mato Grosso do Sul (Seprotur) onde ficou sete anos consecutivos (2007 a 2014).
Deixou o Executivo estadual para concorrer ao cargo de deputada federal, sendo eleita em 2014.
Integrou as comissões de Finanças e Tributação, Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, entre outras. Foi presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), bancada que representa o agronegócio no Congresso Nacional.
Leia também
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
O serviço de radiodifusão de jornalismo 24 horas desempenha um papel crucial na formação da consciência e cidadania da sociedade
Tiktoker vende a própria filha de 17 meses para pedófilos e criança morre de forma trágica
Lula impõe sigilo de 100 anos ao caso do empresário Thiago Brennand; medida foi negociada com líder árabe
Esclarecimentos sobre as aberrações jurídicas referentes às imprestaveis pericias que avaliaram o valor da empresa Flexform Indústria Metalúrgica Ltda em 2010 para lesar o sócio fundador
Solange Almeida passa por cirurgia de emergência e adia shows
“É grave que a candidata não possa ter sido registrada”, comenta Lula sobre eleição na Venezuela
BBB24: saiba quem soma mais seguidores nas redes sociais
Copa do Nordeste: saiba quanto cada clube já faturou na competição
Palmeiras x Novorizontino: confira horário e onde assistir à semifinal do Paulistão