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Aneel homologa leilão de compra emergencial de energia por R$ 39 bilhões

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou neste sábado (6) o resultado do leilão para compra emergencial de energia de reserva, com valor de

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Redação Publicado em 07/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 17h56


Diretores se reuniram neste sábado após decisão liminar, já derrubada, suspender sessão na sexta. Valor será pago pelos consumidores; agência aponta economia de R$ 474 milhões.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou neste sábado (6) o resultado do leilão para compra emergencial de energia de reserva, com valor de contratação de R$ 39 bilhões, realizado em 25 de outubro.

A sessão para homologar o leilão estava marcada para a última sexta-feira (5), mas a sessão foi suspensa por uma decisão liminar (provisória) da Justiça Federal da Bahia, como informou o blog da Ana Flor no g1. Como a liminar foi derrubada, os diretores se reuniram no sábado para confirmar o resultado do certame.

A decisão do juiz federal substituto Diego de Amorim Vitório foi tomada em uma ação popular que questionava os altos valores aceitos pelo governo para pagar pela energia, custo que seria repassado para as contas de luz. A energia contratada será entregue de 1º de maio do ano que vem até 31 de dezembro de 2025.

De acordo com a Aneel, apesar de o valor negociado ter sido de R$ 39 bilhões, houve deságio – isto é, o preço a ser pago pelo governo será inferior ao valor de mercado da energia. Segundo a agência, o leilão resultou em economia de R$ 474 milhões para os consumidores e estão previstos R$ 5,2 bilhões em investimentos.

Foi contratada energia elétrica gerada por duas usinas solares, 14 termelétricas movidas a gás natural e uma usina movida a biomassa. A potência das usinas contratadas, localizadas em oito estados, chegou a 1.220,8 MW a um preço médio de R$ 1.563,61 por MWh.

No sábado, os diretores analisaram uma manifestação do senador Weverton Rocha (PDT-MA) que também solicitava a suspensão do procedimento. Na peça enviada à Aneel, o senador destacou o risco de sobrepreço e o impacto financeiro que seria transferido para as contas de luz, com argumentos semelhantes ao da ação popular.

Na sessão, os diretores afirmaram que a Aneel apenas implementa as políticas públicas formuladas pelo governo federal, e não caberia à agência reavaliar o mérito de se realizar o leilão – que segue diretrizes do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e da Câmara de Regras Excepcionais para a Gestão Hidroenergética (Creg), órgãos presididos pelo Ministério de Minas e Energia.

Nesse sentido, os diretores decidiram homologar o leilão e encaminhar a manifestação do senador ao Ministério de Minas e Energia (MME).

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G1

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