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Análise: sob pressão, Sylvinho faz escolhas erradas no Corinthians, mas encontra bons ajustes

Sylvinho errou nas escolhas iniciais que fez para escalar o Corinthians contra o Internacional, mais uma vez não aproveitou o tempo do intervalo para corrigir

Análise: sob pressão, Sylvinho faz escolhas erradas no Corinthians, mas encontra bons ajustes
Análise: sob pressão, Sylvinho faz escolhas erradas no Corinthians, mas encontra bons ajustes

Redação Publicado em 25/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h59


Timão quase venceu o Inter, mas segue em sétimo; jogo contra a Chape será decisivo

Sylvinho errou nas escolhas iniciais que fez para escalar o Corinthians contra o Internacional, mais uma vez não aproveitou o tempo do intervalo para corrigir a rota, mas conseguiu perceber isso após 10 minutos, virou o jogo no segundo tempo e talvez tenha encontrado ajustes que podem vingar.

O gol sofrido nos acréscimos, que definiu o empate por 2 a 2 neste domingo, no Beira-Rio, frustrou o torcedor e fez com que a reprovação ao nome do técnico seguisse em alta.

O time estacionou em sétimo na tabela do Campeonato Brasileiro, vê o Fluminense colar com dois pontos a menos e aposta alto na sequência dentro da Neo Química Arena, contra a lanterna Chapecoense e o bom time do Fortaleza.

Depois da má impressão causada na derrota por 1 a 0 para o São Paulo, Sylvinho fez quatro mudanças, mas sem mexer no sistema. Duas já eram esperadas: Fagner voltou ao seu posto, e Raul Gustavo substituiu o suspenso João Victor. As outras foram surpresas: Gabriel tomou a vaga de Cantillo e, aberto pela esquerda, jogou Vitinho. Numa função que, definitivamente, não é a dele.

Sylvinho conversa com Giuliano em Inter x Corinthians — Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Sylvinho conversa com Giuliano em Inter x Corinthians — Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Assim como no Morumbi, o Corinthians tomou um gol com menos de dez minutos. O enredo, porém, foi diferente. Se no clássico o Timão levou sufoco até sofrer o gol, contra o Inter a equipe de Sylvinho foi atraída para o ataque e foi batida no primeiro contra-ataque da equipe colorada.

Um erro coletivo, mas com participações especiais de Fábio Santos e Gabriel. O volante, aliás, não justificou sua chance como titular, em escolha feita pela comissão para tentar deixar o time com mais imposição. Errou botes, fez só dois desarmes no jogo e ainda levou um cartão amarelo cedo. Du Queiroz, mais jovem e em fase melhor, pede passagem no setor. Xavier entrou no fim e foi expulso.

Ainda no primeiro tempo, Sylvinho fez duas correções: tirou Vitinho da ponta e trouxe o jogador para o meio, ganhando um bom articulador; e colocou Renato Augusto como homem mais avançado, deslocando Róger Guedes para a função pelo lado esquerdo. Mudanças que foram positivas.

Mas embora a estrutura de time tenha melhorado, o Corinthians seguia com o seu futebol de toques pacientes e marcação frouxa, de pouca pegada. A coisa só foi engrenar mesmo aos 10 do segundo tempo, quando Du Queiroz e Gustavo Mosquito entraram nas vagas de Gabriel e Vitinho, que voltou mal do intervalo. O time seguiu no 4-1-4-1, mas com GP por dentro. Dali, nasceu o gol de Giuliano.

Jogador de boa técnica, capacidade de retenção e bons passes, Renato Augusto se encaixou bem na função de falso 9. Tanto que participou do lance do gol de Giuliano e também da jogada que acabou em pênalti sofrido por Róger Guedes. Fábio Santos cobrou com perfeição e fez o 2 a 1.

Renato Augusto em Internacional x Corinthians — Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Renato Augusto em Internacional x Corinthians — Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

A vitória que se desenhava parecia perfeita para Sylvinho, que sairia vencedor de uma partida em que cometeu erros, mas que teve tempo para corrigi-los.

Só que, aos 47, um chute de fora da área de Gustavo Maia pegou Cássio desprevenido, e o Inter empatou. Gol que acabou na conta do goleiro. Empate frustrante, que mantém a ebulição no Timão.

Sylvinho agora terá uma semana inteira para preparar a equipe para o jogo contra a Chapecoense, dia 1º de novembro, na Neo Química Arena. Serão mais sete dias de pressão, cobranças, manifestações e revolta na internet. No CT, o caminho é aperfeiçoar o que pareceu promissor em Porto Alegre.

O técnico deu sinais que pode repetir aquilo que deu certo a partir das próximas rodadas.

E embora Duílio Monteiro Alves banque o treinador e fale até em sua continuidade para 2022, parece óbvio: uma derrota para o lanterna do Campeonato Brasileiro dentro de casa pode colocar fim no trabalho de Sylvinho. No Corinthians, tropeços deste tipo em momentos assim têm peso triplicado.

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Globo Esporte

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