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Análise: Santos tenta manter estilo mesmo com reservas, mas sofre sem entrosamento

A escalação completamente reserva já dava sinais de um Santos pouco inspirado para a partida contra o Botafogo-SP, neste sábado, na Vila Belmiro, em jogo

SANTOS
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Redação Publicado em 11/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h56


Peixe mantém saída de jogo com toque de bola, mas fica no zero contra o Botafogo-SP

A escalação completamente reserva já dava sinais de um Santos pouco inspirado para a partida contra o Botafogo-SP, neste sábado, na Vila Belmiro, em jogo antecipado da nona rodada do Campeonato Paulista. É possível, porém, analisar a atuação do Peixe no empate por 0 a 0 sem cometer exageros – de maneira sóbria, digamos.

Por causa da partida de volta da terceira fase da Libertadores, na terça-feira, contra o San Lorenzo, o Santos entrou em campo neste sábado só com suplentes. A presença do jovem Ângelo, de apenas 16 anos, abrilhanta a escalação, mas o Peixe era todo reserva.

Isto posto, é possível já perceber semelhanças entre a maneira como o time titular joga e a maneira como o Santos jogou neste sábado.

Ariel Holan na partida entre Santos e Botafogo-SP — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Ariel Holan na partida entre Santos e Botafogo-SP — Foto: Ivan Storti/Santos FC

A equipe comandada pelo técnico Ariel Holan apresenta características bem nítidas. As saídas de jogo, por exemplo, têm sido com a bola nos pés, sem chutões da defesa para o ataque. E neste sábado, mesmo com outra escalação em campo, o time repetiu o padrão.

A falta de entrosamento, é claro, prejudicou o desempenho coletivo, mas o goleiro John foi “obrigado” a jogar com os pés, os zagueiros procuraram os laterais e os volantes… O Santos ao menos tentou ser parecido com o que mostrou na vitória por 3 a 1 sobre o San Lorenzo, na terça-feira, pela Libertadores, aí, sim, com titulares.

O maior problema do Santos neste sábado à noite foi a criação de jogadas. O Peixe, quando conseguia sair com a bola nos pés da defesa, tinha dificuldade para fazer a ligação para o ataque com qualidade.

E não foi por falta de tentativa dos meias de criação, Lucas Lourenço e Jean Mota. A dupla apareceu para o jogo, deu opção, mas a falta de entrosamento e “diálogo” entre os jogadores era nítida. E poucas jogadas trianguladas chegaram à área do Botafogo.

Lucas Lourenço em ação contra o Botafogo-SP — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Lucas Lourenço em ação contra o Botafogo-SP — Foto: Ivan Storti/Santos FC

O Santos apostou, então, muito em jogadas individuais pelas laterais. Ângelo, pela direita, e Allanzinho, pela esquerda, depois Lucas Venuto, que entrou em seu lugar, foram os jogadores que mais deram trabalho para a defesa do Botafogo-SP. Copete também reestreou pelo clube, de maneira discreta.

Numa noite de pouco entrosamento e sinais de um padrão de jogo, os atacantes de beirada foram os melhores do Santos. Com tempo, Ariel Holan poderá transformar o elenco em dois times mais entrosados e com ainda mais padrão. Agora, porém, é hora de pensar na Libertadores.

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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