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Análise: Santos mostra organização e anula forças do Boca, mas não aproveita chances

Os números embasam o olhar de que o Santos foi melhor nesta quarta-feira. O Peixe teve mais posse de bola (63% contra 37%), finalizou mais (10 contra oito) e

Santos
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Redação Publicado em 07/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h27


Peixe controla donos da casa e tem bom desempenho em ida da semifinal da Libertadores

O Santos empatou em 0 a 0 com o Boca Juniors na partida de ida da semifinal da Libertadores, mas poderia, tranquilamente, ter vencido se tivesse aproveitado as chances que criou. O Peixe mostrou organização e não deixou os donos da casa dominarem o confronto desta quarta-feira na Bombonera, em Buenos Aires.

Os números embasam o olhar de que o Santos foi melhor nesta quarta-feira. O Peixe teve mais posse de bola (63% contra 37%), finalizou mais (10 contra oito) e teve quase 100 passes completos a mais do que o Boca Juniors.

O que faltou ao time comandado pelo técnico Cuca foi pontaria.

Marinho arrisca de longe na Bombonera — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Marinho arrisca de longe na Bombonera — Foto: Ivan Storti/Santos FC

No início do primeiro tempo, o Santos teve dificuldade para sair jogando com a bola nos pés. O Boca Juniors, em casa, tentava subir as linhas de marcação até o ataque para não dar espaço para o Peixe trocar passes. E conseguiu.

Como as características do volante Alison são mais defensivas do que de construção, o Santos preferia sair jogando pelos lados. Pelo meio, quem mais se destacou no primeiro tempo foi Soteldo, mas o Boca Juniors conseguiu dobrar a marcação no atacante do Peixe para não dar espaços. Aí, faltou aproximação dos companheiros para que fizessem triangulações.

John não foi muito exigido nesta quarta-feira — Foto: Ivan Storti/Santos FC

John não foi muito exigido nesta quarta-feira — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Defensivamente, o Santos se comportou bem. O lateral-direito Pará foi o mais exigido dos santistas, graças às subidas em dupla de Tevez e Villa pelo lado esquerdo do ataque do Boca Juniors – foi por ali, inclusive, que os donos da casa criaram a principal chance, numa finalização de Villa que bateu na trave.

Mas a verdade é que o Boca Juniors praticamente só criou oportunidades claras de gol quando o Santos vacilou. Felipe Jonatan errou um drible no meio de campo e deu contra-ataque, Luan Peres quase se complicou, Lucas Veríssimo abriu espaço ao arriscar subida pela direita…

No segundo tempo, o Santos pareceu ansioso ao se ver em condições de criar jogadas de perigo. Lucas Braga puxou contra-ataque e, mesmo com opções para tocar, arriscou de muito longe e isolou. Poderia ter feito uma jogada melhor. O peso de uma semifinal de Libertadores talvez tenha feito a diferença em alguns momentos.

Independentemente das chances desperdiçadas, a postura do Santos em campo é elogiável. Mesmo fora de casa, o Peixe não se acuou em seu campo de defesa ou esperou o Boca Juniors criar oportunidades. O Alvinegro, na verdade, fez uma partida inteligente: se expôs pouco e ainda teve chances de sair com a vitória.

Ah, e ainda teve um pênalti não marcado a seu favor…

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GE – Globo Esporte.

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