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Análise: Santos mostra força suficiente para vencer a Chape, mas sofre além do necessário

Tem sido rotina, eu sei, mas, mais uma vez, vamos precisar separar a análise de um jogo do Santos em duas partes: uma boa e outra ruim - assim como na goleada

SANTOS
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Redação Publicado em 02/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h13


Tem sido rotina, eu sei, mas, mais uma vez, vamos precisar separar a análise de um jogo do Santos em duas partes: uma boa e outra ruim – assim como na goleada por 4 a 0 sobre a Juazeirense, em que o Peixe precisou abrir o placar para conseguir desenrolar a partida.

O Santos do último domingo, que venceu a Chapecoense por 1 a 0 e conquistou a primeira vitória fora de casa no Campeonato Brasileiro, também pode ser analisado de duas maneiras.

A primeira, e melhor, é elogiando o bom primeiro tempo do time comandado pelo técnico Fernando Diniz. Fora de casa, o Santos, que não sabia o que era vencer longe da Vila Belmiro desde 1º de junho, se impôs diante da Chapecoense desde o início.

Fernando Diniz, do Santos, contra a Chapecoense — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Fernando Diniz, do Santos, contra a Chapecoense — Foto: Ivan Storti/Santos FC

O primeiro tempo do Santos foi tranquilo. A equipe dominou a Chapecoense, colocou praticamente todos os seus jogadores no campo adversário e não deu espaço. As únicas chances dos donos da casa foram em vacilos santistas em saídas de bola.

Ao mesmo tempo, porém, em que tinha o domínio sobre o adversário, o Santos teve problemas para criar chances de gol. Até abrir o placar com Sánchez, em cobrança de pênalti, o Peixe tinha dificuldades para se infiltrar na zaga da Chapecoense – mérito dos donos da casa, também.

O técnico Fernando Diniz deu liberdade para Carlos Sánchez diante da Chape. Deixou Jean Mota e Camacho responsáveis pela marcação e “soltou” o meia uruguaio, que pisou na área algumas vezes neste domingo. A presença de muitos jogadores no campo ofensivo e perto do gol adversário ajudaram o Santos a anular as chances dos donos casa.

O problema é que precisamos, também, analisar o segundo tempo. Depois do intervalo, o time comandado pelo técnico Fernando Diniz não conseguiu manter o nível de intensidade e domínio sobre a Chapecoense.

Carlos Sánchez comemora em Chapecoense x Santos — Foto: Renato Padilha/AGIF

Carlos Sánchez comemora em Chapecoense x Santos — Foto: Renato Padilha/AGIF

Jair Ventura aumentou o número de atacantes e partiu para cima do Santos. O Peixe não soube responder e perdeu o meio de campo. O jogo, que antes era todo no campo da Chapecoense, passou a ser jogado no lado oposto.

O Santos teve muitas dificuldades na tentativa de recuperar o controle do jogo na Arena Condá. Diniz mudou os meio-campistas (tirou Sánchez, colocou Zanocelo; tirou Marcos Guilherme, colocou Pirani), mas nada surtiu efeito.

No segundo tempo, também por mérito da Chapecoense, o Peixe foi dominado e contou com atuação inspirada de João Paulo. O maior problema foi não conseguir reagir. Os atacantes não conseguiram aproveitar contra-ataques e as poucas chances criadas ainda no início da etapa final foram desperdiçadas.

Mesmo assim, independentemente da pressão no segundo tempo, o Santos precisa comemorar os primeiros três pontos conquistados longe da Vila Belmiro neste Campeonato Brasileiro. A lição da etapa final fica para os próximos jogos.

O Santos volta a campo na quinta-feira, às 19h15, pela Copa do Brasil, contra a Juazeirense, fora de casa, e depois encara o rival Corinthians, domingo, às 16h, na Vila Belmiro, pelo Brasileirão.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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