Diário de São Paulo
Siga-nos

Análise: Palmeiras mostra pouco, e nem tática da Libertadores faz time se encontrar no Brasileirão

Abel Ferreira chegou à Arena Independência na última quarta-feira fazendo contas para o futuro do Palmeiras e não descartando brigar pelo título nacional.

Análise: Palmeiras mostra pouco, e nem tática da Libertadores faz time se encontrar no Brasileirão
Análise: Palmeiras mostra pouco, e nem tática da Libertadores faz time se encontrar no Brasileirão

Redação Publicado em 07/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h27


Abel Ferreira chegou à Arena Independência na última quarta-feira fazendo contas para o futuro do Palmeiras e não descartando brigar pelo título nacional. Mas, mesmo com o treinador recorrendo a uma fórmula que vem dando certo na Libertadores, o Verdão voltou a mostrar problemas.

Na derrota por 2 a 1 contra o América-MG, de virada, sobrou ideia e faltou futebol. O sonho de lutar pelo título nacional em 2021 ficou ainda mais distante. Mais pelo desempenho – novamente – do que pelas reclamações contra a arbitragem de Leandro Vuaden.

Depois de criticar os números da defesa do Verdão e reclamar da concentração da equipe no torneio nacional, o treinador buscou voltar ao que vinha dando certo: a formação mais fechada da Libertadores.

Rony marcou na única chance do Palmeiras no primeiro tempo, após lançamento desviado — Foto: Fernando Moreno/AGIF

Rony marcou na única chance do Palmeiras no primeiro tempo, após lançamento desviado — Foto: Fernando Moreno/AGIF

Com três zagueiros e dois volantes, Abel repetiu a disposição tática que parou o Atlético-MG na semifinal do torneio sul-americano, mesmo que o América-MG não tenha no papel um plantel tão badalado.

Em casa, o Coelho precisou arriscar de fora da área ao enfrentar a defesa palmeirense mais fechada. Até acertou o travessão em uma finalização de longa distância de Ademir, mas o Verdão teve sua tática bem executada antes do intervalo: segurou o rival e “achou” um gol em um lançamento desviado na defesa e bem finalizado por Rony.

Sem criatividade e com pouca inspiração ofensiva no primeiro tempo, o Verdão encontrou mais problemas na segunda etapa. Porque o time não soube aproveitar os contra-ataques ou explorar de maneira eficiente a velocidade dos atacantes – a pouca eficiência dos alas em mais um jogo apagado de Gabriel Menino prejudicou a construção ofensiva.

Com o jogo limitado, o time de Abel ficou ameaçado e a uma bola do adversário para equilibrar o confronto. E o América teve duas: desperdiçou a primeira na cobrança de pênalti de Felipe Azevedo e depois “acertou” com o chute de Patric que surpreendeu Jailson.

Gabriel Menino não teve boa atuação em mais uma chance no time titular — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Gabriel Menino não teve boa atuação em mais uma chance no time titular — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

O empate dos donos da casa saiu aos 27 minutos do segundo tempo. Abel decidiu por colocar o Palmeiras novamente no ataque aos 34, quando entraram Deyverson, Gabriel Veron, Wesley e Gustavo Scarpa. O time até criou e desperdiçou boas chances, mas o castigo veio no fim com mais um pênalti para o América, desta vez convertido por Ademir.

O Verdão pensa no Flamengo e sofre para encontrar um time para embalar até a final da Libertadores, no dia 27 de novembro. Em Minas, os palmeirenses desperdiçaram mais uma oportunidade pensando também no sonho do tricampeonato sul-americano.

O desafio de Abel será grande para reencontrar um time que já mostrou um bom futebol nesta temporada, mesmo que de maneira isolada. Não é sempre que a superação vai fazer a diferença.

.

.

.

Globo Esporte

Compartilhe  

últimas notícias