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Análise: Marcão insiste em peças, e seca de gols do Fluminense já dura mais de 350 minutos

O Fluminense já dava sinais de que precisava de mudanças para voltar a vencer no Campeonato Brasileiro. Nesta quarta-feira, na derrota para o Corinthians por

Análise: Marcão insiste em peças, e seca de gols do Fluminense já dura mais de 350 minutos
Análise: Marcão insiste em peças, e seca de gols do Fluminense já dura mais de 350 minutos

Redação Publicado em 14/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h16


Derrota para o Corinthians é o terceiro resultado ruim consecutivo e escancara necessidade de mudanças. Último gol da equipe foi contra o Bragantino em 26 de setembro

Fluminense já dava sinais de que precisava de mudanças para voltar a vencer no Campeonato Brasileiro. Nesta quarta-feira, na derrota para o Corinthians por 1 a 0, a urgência, então, ficou escancarada. Marcão insistiu em peças, custou a mexer e viu a equipe chegar ao terceiro jogo sem balançar as redes e, claro/consequentemente, sem vitória. Situação que liga o alerta do time para as pretensões na reta final de temporada.

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O último gol da equipe foi em 26 de setembro, ainda no primeiro tempo da vitória por 2 a 1 sobre o Bragantino, no Maracanã. Desde então, já são 354 minutos sem marcar – e apenas um ponto conquistado em nove disputados.

Bobadilla em ação pelo Fluminense na derrota para o Corinthians — Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

Bobadilla em ação pelo Fluminense na derrota para o Corinthians — Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

Mesmo após os resultados frustrantes diante de Fortaleza e Atlético-GO, Marcão repetiu o esquema e a escalação “base”, focando apenas em mexidas pontuais, das quais não teve como fugir: Fred, lesionado, e Luccas Claro, suspenso, deram lugar a Bobadilla e David Braz.

Com três homens com características de marcação no meio de campo, o Fluminense, outra vez, iniciou a partida com as linhas baixas, apostando nos contra-ataques e nas bolas longas. Nonato e Yago mantinham distância dos atacantes, sobretudo de Bobadilla, o que dificultava a troca de passes. O centroavante também não cooperava: não se movimentava para dar opção, tampouco ajudava na marcação.

Até os 15 minutos, o Fluminense praticamente só assistia ao Corinthians, que também estava longe de fazer boa partida. Apesar de Braz ter feito jogo seguro, o lado esquerdo tricolor era o mais explorado, com Danilo Barcelos com dificuldades em acompanhar a marcação.

Com o meio espaçado e pouco inspirado, a responsabilidade de criação ficou por conta dos zagueiros. Nino e David Braz arriscavam bons lançamentos. Em um deles, o capitão tricolor iniciou a jogada que terminou na melhor chance do Flu na partida, quando Caio Paulista finalizou para grande defesa de Cássio.

Caio Paulista em Corinthians x Fluminense — Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

Caio Paulista em Corinthians x Fluminense — Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

Apesar das circunstâncias, o Fluminense foi para o intervalo com menos posse (39%), mas com mais finalizações (8 a 5) e levando mais perigo. Também pouquíssimo criativo, o Corinthians abusava dos passes para o lado e não conseguia furar o bloqueio tricolor. Dava para pensar em ganhar a partida.

Jhon Arias e John Kennedy, no banco, eram as opções mais lógicas para dar velocidade a um time que buscava matar o jogo em um contra-ataque. Principalmente, quando os volantes e atacantes faziam jogo apagado. Mas Marcão só chamou a dupla aos 22 do segundo tempo – para os lugares de Bobadilla e Luiz Henrique. Quis o futebol e a falta de atenção da defesa tricolor que o gol do Corinthians saísse no minuto seguinte.

Além de ter “sentido” o gol, o Fluminense, a partir de então, precisava propor o jogo, mas as peças à disposição encontravam dificuldade em criar jogadas. Falta repertório. Mas também faltam opções. Com a saída de Nenê e a lesão de Ganso, Marcão tem poucos alternativas para armação de jogadas. E Arias é quem mais demonstra poder ajudar.

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Há três jogos sem vencer e há mais de 350 minutos sem marcar gols, o Fluminense tem pouco tempo para buscar alternativas para enfrentar o Athletico-PR no domingo, às 16h (de Brasília), na Arena da Baixada, pela 27ª rodada do Brasileirão. Mas é preciso. Antes que o G-6 fique cada vez mais distante do objetivo tricolor. A equipe é a nona colocada, com 33 pontos, e ainda pode ser ultrapassada nesta quinta-feira.

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Globo Esporte

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