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Análise: derrota normal traz lições ao São Paulo, que tem desafio parecido no domingo

Depois de duas vitórias contundentes, sobre o líder Flamengo (1 a 0 no Maracanã) e o rival Corinthians (3 a 1 no Morumbi), o São Paulo conheceu na

Análise: derrota normal traz lições ao São Paulo, que tem desafio parecido no domingo
Análise: derrota normal traz lições ao São Paulo, que tem desafio parecido no domingo

Redação Publicado em 27/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h00


Depois de tomar a virada do Grêmio, veja o que o Tricolor de Aguirre precisa aprender para encarar o Cruzeiro, de novo fora de casa

Depois de duas vitórias contundentes, sobre o líder Flamengo (1 a 0 no Maracanã) e o rival Corinthians (3 a 1 no Morumbi), o São Paulo conheceu na quinta-feira a sua segunda derrota em 15 jogos neste Campeonato Brasileiro.

Na tabela, apesar de o Tricolor de Diego Aguirre ter perdido a chance de assumir a liderança da competição, a situação continua boa: na segunda posição, dois pontos atrás do Flamengo e com seis de vantagem dentro do G-6.

Mas a derrota de virada para o Grêmio por 2 a 1, em Porto Alegre, um resultado que pode ser considerado normal, trouxe lições importantes ao São Paulo. Até porque o próximo jogo será disputado num cenário parecido, também como visitante, no Mineirão, contra o Cruzeiro.

Perder para o Grêmio em Porto Alegre é normal, mas o São Paulo de Nenê precisa abrir o olho (Foto: Wesley Santos/Agência PressDigital )

Perder para o Grêmio em Porto Alegre é normal, mas o São Paulo de Nenê precisa abrir o olho (Foto: Wesley Santos/Agência PressDigital )

Não pode ficar no caixote

Depois que Diego Souza abriu o placar, logo no terceiro minuto, o São Paulo recuou muito. Manteve bem formadas as duas linhas de quatro na marcação sem a bola – Militão, Arboleda, Anderson Martins e Reinaldo + Rojas, Hudson, Liziero e Everton –, mas agrediu quase nada o Grêmio. Assim, foi encaixotado pelo adversário.

A dedicação defensiva de meias e atacantes – como no lance abaixo, em que Rojas travou Everton na cara do gol – tem que ser um complemento, um diferencial, e não a regra do jogo. No primeiro tempo, os donos da casa tiveram 73% de posse de bola, terminando a partida com 65%. Se atacar, o Tricolor paulista será menos atacado.

Tem que matar o jogo

Aos 45 minutos do primeiro tempo, ainda em vantagem no placar, o São Paulo conseguiu encaixar o primeiro contra-ataque claro: Diego Souza até que demorou um pouco para tocar a bola para Nenê, mas mesmo assim deixou o companheiro em ótima condição de fazer o segundo gol.

Aguirre citou duas vezes esse lance na entrevista coletiva que concedeu depois do jogo, na Arena do Grêmio: “Você não faz e toma”. O São Paulo é apenas o 15º em número de finalizações entre os 20 da Série A. Na Arena, finalizou 11 vezes, com três chances reais. Então, tinha que ter matado o jogo. Pior: em seguida, aos 47, levou o empate.

Não pode bobear atrás

Na sequência de cinco jogos sem perder, o São Paulo tinha sofrido apenas um gol – quase nos acréscimos do clássico com o Corinthians. Contra o Grêmio, foram dois. No primeiro, Militão não deu o bote em Everton dentro da área e, junto com Arboleda, não conseguiu bloquear o chute do atacante adversário.

No segundo, pior: o lateral-direito, negociado no início da semana com o Porto, de Portugal, errou um passe na intermediária defensiva que provocou o segundo gol de Everton. Nos jogos anteriores, os desarmes de zagueiros, laterais e volantes vinham sendo destaque. Na quinta, apareceu uma falha individual.

Reservas precisam entrar bem

O elenco do São Paulo é enxuto. Contra o Grêmio, do time considerado titular atualmente, apenas Jucilei não jogou. Quando tentou mudar o jogo, Aguirre colocou Lucas Fernandes, Carneiro e, no fim, Brenner, que passaram despercebidos. Para brigar pelo título, numa competição tão longa, ter opções que funcionem é fundamental.

No Mineirão, no domingo, serão três baixas entre os considerados titulares: Militão, Arboleda e Hudson, todos integrantes do sistema defensivo, que certamente será exigido contra o Cruzeiro. Jucilei ainda não estará à disposição. E Bruno Peres? Aguirre terá trabalho, assim como quem entrar. O desafio será manter o nível e voltar a subir na tabela.

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