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Análise: Cuca opta por segurança, Santos melhora, mas perde outra em casa

Em sua estreia no Santos na quarta-feira, apenas um dia após assumir o comando, Cuca fez poucas mudanças no time. Sem Sasha, machucado, o técnico optou por

Análise: Cuca opta por segurança, Santos melhora, mas perde outra em casa
Análise: Cuca opta por segurança, Santos melhora, mas perde outra em casa

Redação Publicado em 02/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h47


Técnico estreia com sistema mais cauteloso, mas time leva gol em um dos poucos ataques do Cruzeiro

Em sua estreia no Santos na quarta-feira, apenas um dia após assumir o comando, Cuca fez poucas mudanças no time. Sem Sasha, machucado, o técnico optou por reforçar o meio de campo contra o Cruzeiro, pelas quartas de final da Copa do Brasil, e abriu mão de um atacante. A equipe ficou mais segura, melhorou, mas não conseguiu evitar mais uma derrota.

O 1 a 0 na Vila Belmiro obriga o Santos a vencer o Cruzeiro por ao menos dois gols de diferença na partida de volta, marcada para o dia 15, no Mineirão, para avançar às semifinais do torneio. Se a vantagem for de um gol, a definição é nos pênaltis – o gol fora de casa não é mais critério de desempate.

Cuca escalou o Santos com Renato no meio de campo, mais adiantado ao lado de Diego Pituca, com Alison na proteção da zaga. Na frente, Bruno Henrique, Rodrygo e Gabriel trocavam de posição a todo instante, os dois primeiros na maior parte do tempo pelos lados.

Renato foi escalado e reforçou o meio-campo do Santos (Foto: Ivan Storti/Santos FC)

Renato foi escalado e reforçou o meio-campo do Santos (Foto: Ivan Storti/Santos FC)

Depois, na entrevista coletiva, o técnico afirmou que Alison, muitas vezes, se posicionou como terceiro zagueiro para que os laterais pudessem avançar.

No primeiro tempo a ordem era clara: marcar mais perto do meio de campo e deixar o Cruzeiro tocar a bola entre seus zagueiros.

A estratégia afastou os mineiros do gol de Vanderlei, mas também os santistas não incomodaram Fábio. O primeiro tempo, quase sem finalizações, foi de poucas emoções.

O treinador não mexeu na equipe no intervalo, mas a postura mudou. Bruno Henrique se tornou perigoso e incomodou mais a defesa mineira com sua velocidade característica.

O Santos ensaiou uma pressão no início da etapa final. Aos 11 minutos, Gabriel e Lucas Romero se encontraram na pequena área, o atacante caiu e reclamou de pênalti.

O árbitro Wilton Pereira Sampaio mandou o jogo continuar, mas logo em seguida consultou o VAR (árbitro-auxiliar de vídeo) – foram 27 segundos de conversas pelo rádio até que a tecnologia, que estreava no Brasil, corroborasse a decisão do juiz no gramado.

Cuca deve ter percebido que encontrará muitas dificuldades nesse início de trabalho no Santos. Contra o Cruzeiro, ele não teve Bryan Ruiz, Carlos Sánchez e Derlis González, os três estrangeiros recém-contratados. Nenhum deles foi inscrito na Copa do Brasil.

Ainda não se sabe quando eles poderão jogar no Brasileiro, e o Santos no sábado inicia uma série de jogos fora de casa contra Botafogo, Ceará e Atlético-MG antes do duelo de volta contra o Cruzeiro.

Bryan Ruiz e Carlos Sánchez têm condições de resolver o principal problema santista até aqui na temporada, o meio de campo sem criatividade que não abastece o ataque.

Até lá, porém, tentará usar as cartas que tem. Contra o Cruzeiro, por exemplo, trocou Renato por Daniel Guedes e posicionou Victor Ferraz na articulação. Teve pouco efeito.

O Santos manteve o controle da partida, mas sem levar perigo ao rival, acabou sofrendo um gol numa das poucas vezes em que foi atacado.

Raniel recebeu na meia-lua, David Braz deu espaço para o atacante, que girou e bateu no cantinho de Vanderlei.

O Santos volta a campo no sábado, às 16h, contra o Botafogo, no Rio, pelo Brasileiro. Os rivais estão em crise: perderam quatro dos últimos cinco jogos e na última quarta-feira demitiram o técnico Marcos Paquetá.

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