Por Gabriel dos Santos, Santos, SP
Redação Publicado em 07/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h37
Por Gabriel dos Santos, Santos, SP
Na véspera do empate por 0 a 0 com o Grêmio, o técnico do Santos, Cuca, minimizou a ausência de Carlos Sánchez, desfalque por estar com a seleção uruguaia, e afirmou que “quem entrasse faria um grande jogo”. Mal sabia ele que Carlos Sánchez faria tanta falta ao time.
O elegido por Cuca para substituir Carlos Sánchez foi Jean Mota. O técnico do Santos justificou sua escolha antes de a bola rolar dizendo que Jean faz a função do uruguaio e que foi nessa posição que viveu uma das melhores fases de sua carreira.
Não deu certo.
Como também ressaltou Cuca, Jean Mota e Carlos Sánchez são jogadores de características diferentes. Ao entrar em campo com o primeiro, o técnico viu seu time sofrer contra um mistão do Grêmio (muito bem arrumado por Renato Gaúcho, por sinal) e perder com sobras na posse de bola.
No novo esquema de Cuca, o 4-4-2, Carlos Sánchez atua aberto pela direita na linha de quatro meio-campistas, exatamente onde Jean atuou. Só que, ao contrário do brasileiro, o uruguaio consegue manter o ritmo no ataque e na defesa, auxiliando Alison e Diego Pituca na marcação. Hoje, o gringo é uma peça sem reposição no Santos.
Sem Sánchez, Alison e Pituca ficaram sobrecarregados. A dupla não teve boa atuação justamente por conta disso. Cuca corrigiu o problema centralizando Jean Mota e abrindo Eduardo Sasha, voltando ao esquema 4-3-3. Mesmo assim, o Peixe errava muitos passes e não levava perigo ao Grêmio, a exceção de uma finalização de Gabigol bem defendida por Marcelo Grohe.
Jean Mota foi sacado já no intervalo para a entrada de Daniel Guedes, adiantando Victor Ferraz para o meio de campo. Só por essa alteração, dá para perceber que Bryan Ruiz está em baixa com Cuca.
Além de deixá-lo no banco para Jean Mota, o técnico preferiu improvisar um lateral-direito na função do que colocá-lo em campo. E mais: Bryan Ruiz quase foi preterido por Yuri, que fez apenas quatro jogos em 2018, ao fim da partida. O técnico chamou o volante, mas mudou de ideia e promoveu a entrada do costarriquenho, que teve atuação apagadíssima.
É claro que não dá para ignorar a lambança da arbitragem que influenciou diretamente no resultado da partida. O árbitro Wilton Pereira Sampaio deixou de marcar um pênalti claro de Geromel em cima de Rodrygo, irritando (com razão) os santistas. Até o zagueiro do Grêmio admitiu que pareceu pênalti.
O Santos treina na tarde desta sexta-feira, no Pacaembu, e viaja na manhã de sábado para Curitiba, onde enfrenta o Paraná no domingo, às 19h (de Brasília), pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Cuca cogita poupar alguns titulares e não confirma a volta de Carlos Sánchez ao time, já que o uruguaio entrará em campo nesta sexta-feira por sua seleção. Se isso acontecer, o Santos já começa o jogo desfalcado de um dos seus principais jogadores.
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