O time confuso, de defesa frágil, entregando gols com facilidade já foi visto no vexame contra o Mirassol, no Paulista, ou quando foi atropelado pela LDU, em
Redação Publicado em 07/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h23
O time confuso, de defesa frágil, entregando gols com facilidade já foi visto no vexame contra o Mirassol, no Paulista, ou quando foi atropelado pela LDU, em Quito, numa Libertadores da qual não passou da fase de grupos. Eram outros tempos, mas não há tanto tempo assim.
O técnico Fernando Diniz sobreviveu a essas crises, e o São Paulo se transformou. O time embalou, ganhou confiança, o setor defensivo se consolidou com um volante (Luan) o protegendo, Luciano e Brenner se entenderam melhor do que qualquer torcedor poderia imaginar.
As decepções continuaram, na Copa Sul-Americana e, mais recentemente, na Copa do Brasil, mas a excelente campanha no Brasileiro se sobrepôs.
O tropeço em Bragança Paulista pode ter sido só isso, um tropeço, mas é preciso se cuidar – não dá para contar com um Flamengo vacilante para sempre (o time carioca perdeu para o Fluminense nesta quarta). O cenário ficará mais claro no fim de semana, em clássico contra o Santos.
Há justificativas para a derrota. Diniz precisou remendar o time, principalmente a defesa: Arboleda foi poupado com dores, Juanfran teve problemas particulares, Luan estava suspenso. Luciano, melhor jogador do time no torneio, continua lesionado.
Difícil é explicar a forma como ela se deu.
Reinaldo, na saída de campo, não conseguiu. Diniz, em coletiva, claramente irritado e com pressa para ir embora, deu poucas pistas.
O técnico lamentou a dificuldade na saída de bola, os contra-ataques concedidos, e inocentou os jogadores que substituíram os titulares ausentes. Assumiu a responsabilidade.
Os quatro gols sofridos poderiam ter sido cinco, seis… O Bragantino finalizou 24 vezes, uma atrás da outra. Mas a derrota já é história. Agora, a ver as consequências dela.
Após ser batido pelo Corinthians, três jogos atrás, o São Paulo reagiu atropelando o Atlético-MG em casa. No domingo, enfrenta o Santos, no Morumbi, e terá a chance de enterrar a péssima impressão deixada em Bragança Paulista.
A equipe ainda dorme sobre confortável vantagem na ponta do Brasileiro – os adversários mais próximos não convencem. Faltam dez jogos para o fim do campeonato, e o horizonte continua claro. Mas é melhor ouvir os trovões para dar tempo de correr da chuva.
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GE – Globo Esporte.
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