Sem restrição de horário, bares no Leblon têm aglomerações até às 4h

No primeiro sábado após a liberação da Prefeitura do Rio para o funcionamento de bares e restaurantes sem restrição de horário, o bairro do Leblon

Sem restrição de horário, bares no Leblon têm aglomerações até às 4h -

Redação Publicado em 24/10/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h39

Regra anterior do município, que exigia fechamento às 1h, deixou de valer na terça-feira

No primeiro sábado após a liberação da Prefeitura do Rio para o funcionamento de bares e restaurantes sem restrição de horário, o bairro do Leblon protagonizou novas cenas de aglomeração, dessa vez até pouco mais de 4h da madrugada. Apesar de alguns estabelecimentos terem mantido o fechamento à 1h, como mandava a regra anterior do município, outros decidiram esticar o serviço, com uma clientela empolgada e nem um pouco preocupada com o uso da máscara e com as regras de distanciamento social.

O Jobi, na Rua Ataulfo de Paiva, foi o último da região a encerrar o atendimento, por volta das 3h50. Mas nem isso afastou o público dali, que seguiu comprando bebidas alcóolicas com ambulantes. O tradicional bar, aliás, já cogita encerrar mais cedo no domingo.

“Não foi um resultado positivo. Demos uma esticada no horário como uma primeira experiência, mas como os outros bares já fecharam, ficou essa bagunça aqui. Vamos reavaliar. Não concordamos com aglomeração”, afirJ.I

mou um dos garçons.

Morador de Copacabana, o profissional de marketing Hélio Carmo, de 35 anos, contou que quis aproveitar até o último minuto a cerveja com os amigos.

“Fomos primeiro pra Praça Cazuza e depois viemos pro Jobi. Está bem cheio sim, mas não moro com pessoas do grupo de risco, então não acho absurdo ficar em aglomeração. Gosto de curtir a noite até tarde, fico feliz que a restrição de horário tenha caído”, disse.

Com a nova regra, que foi publicada no Diário Oficial na terça-feira, as equipes da Guarda Municipal e da Vigilância Sanitária, que marcavam ponto na região sempre à 1h, não foram vistas no Leblon, apesar de diversos desrespeitos às regras de ouro. Tanto na Praça Cazuza como na Rua Dias Ferreira, na altura da Rua General Venâncio Flores, grupos de jovens se amontoaram com caixas de som e coolers com bebidas, mesmo depois do fechamento dos bares ali localizados.

“Nós temos, há anos, um contrato judicial com o prédio acima que nos obriga a fechar à 1h. Mas a galera compra bebida com os ambulantes, faz pedido em aplicativos de entrega, e enquanto não chega uma viatura da Polícia Militar para acabar com o barulho, eles não vão embora”, desabafou Wemerson Silva, gerente do Brewteco.

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