A febre amarela vem preocupando autoridades de saúde na região noroeste paulista. Macacos mortos por causa da doença já foram encontrados em oito cidades. Os casos têm provocado uma mobilização nesses municípios para reforçar o combate ao Aedes aegypti, que na área urbana pode transmitir a febre amarela.
Desde que ficou comprovado que o macaco morto estava com febre amarela, a Secretaria de Saúde de Catiguá começou a fazer bloqueios nas áreas rurais. Quem mora nesses locais está sendo orientado a prevenir os focos do Aedes aegypti, que também transmite a dengue, e quem não tomou a vacina da febre amarela está sendo vacinado.
O macaco que tinha a doença foi encontrado em uma fazenda, a cinco quilômetros da área urbana. O macaco era da espécie bugio. “Eu estava andando a cavalo, escutei um bicho agonizando. Aí eu vi o macaco, fui chamar o meu patrão, quando a gente voltou ele já estava morto”, afirma o lavrador José Ataíde Sanches, que achou o animal.
Além de Catiguá, foram encontrados macacos com febre amarela em outras sete cidades da região: Ibirá (SP), Potirendaba (SP), Catanduva (SP), Severínia (SP), Cajobi (SP), Adolfo (SP) e São José do Rio Preto (SP).
Urupês (SP), Cedral (SP), Mendonça (SP) e Jaci (SP) também tiveram registros de macacos mortos, mas como os corpos estavam em avançado estado de decomposição, não foi possível fazer exames para saber se tinham a doença.
Quase todas as cidades já fizeram ou estão fazendo ações de bloqueio para evitar que as pessoas sejam contaminadas. Em abril, um homem de 38 anos que estava com febre amarela morreu em Bady Bassitt (SP).