Dálice diz que Imaizumi demonstrou tranquilidade e relatou as circunstância dos acontecimentos conforme consta inquérito, isentando a mulher dele de toda e qualquer responsabilidade sobre o crime. “Ele assumiu e relatou detalhes sobre o fato. Os autos são sigilosos, mas é coerente com o histórico já veiculado pela imprensa”, afirma.
A mãe das crianças já prestou depoimento à delegada na manhã de sexta (30), e, apesar de a polícia considerar o caso praticamente encerrado, ainda deve ouvir o irmão de Juliana, que teria recebido mensagens de Imaizumi. A delegada também aguarda os resultados dos laudos técnicos para saber se o pai realmente enviou um vídeo do crime para a família da fisioterapeuta.
Segundo a delegada, Juliana reafirmou que Imaizumi pode ter dado sonífero para as crianças antes do crime. “Ela disse que o frasco de calmante, que era dela mesma, estava cheio e agora está na metade”, disse a mãe em depoimento.
Entenda o caso
De acordo com informações do boletim de ocorrência, por volta das 2h no dia do crime a mãe das crianças foi até a Unidade de Pronto Atentimento (UPA) do Jardim Tanguará e, desesperada, avisou a um dos guardas municipais que seu marido havia matado os dois filhos a facadas.
Os guardas foram até a casa com a mulher, onde encontraram o homem deitado na cama com as duas crianças. Conforme o registro policial, eles tentaram reanimar as crianças até a chegada do resgate, mas não conseguiram. Os dois irmãos foram mortos pelo pai com facadas na jugular, segundo a polícia.
Ele teria tentado cometer o suicídio em seguida e foi encontrado com várias perfurações no peito e com a faca ainda cravada no pescoço. Apesar de gravemente ferido, ele foi socorrido com vida ao Hospital de Base de Rio Preto.