Não faltam provas de que Gabriel Jesus é precoce. Mas a lista de argumentos ficará ainda maior neste domingo, quando o atacante se tornará um dos capitães
Redação Publicado em 02/06/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h14
Não faltam provas de que Gabriel Jesus é precoce. Mas a lista de argumentos ficará ainda maior neste domingo, quando o atacante se tornará um dos capitães mais jovens da história da seleção brasileira. No amistoso contra a Croácia, em Liverpool, ele vestirá a braçadeira com 21 anos e 61 dias de idade.
A revelação foi feita por Tite há pouco mais de duas semanas, em entrevista ao Jornal Nacional:
– Vai continuar o revezamento, e nesse revezamento posso antecipar, o Gabriel Jesus vai ser o próximo (capitão) – disse o técnico, que tem por hábito rodar a capitania entre os jogadores.
O mais recente capitão com menos de 22 anos é também o mais jovem da história. Em 27 de setembro de 1995, Zé Elias, com 19 anos e dois dias de idade, liderou a equipe nacional num empate por 2 a 2 com a Romênia – amistoso utilizado pelo então técnico Zagallo para observar garotos em preparação para o torneio pré-olímpico de 1996.
Entre Zé Elias e Gabriel Jesus na relação de capitães jovens pela primeira vez, há outros quatro: Alemão (em 1923, com 19 anos e 309 dias), Gélson Baresi (em 1995, com 20 anos e 322 dias), Fortes (em 1922, com 21 anos e oito dias) e Lagreca (em 1916, com 21 anos e 24 dias).
Usar a braçadeira do Brasil será novidade para Gabriel Jesus, mas o agora atacante do Manchester City já foi capitão uma vez na carreira. Ele ainda defendia o Palmeiras quando recebeu do técnico Cuca essa responsabilidade, em 19 de outubro de 2016.
O garoto estava suspenso na rodada seguinte do Campeonato Brasileiro, com três cartões, e ganhou a braçadeira no compromisso anterior, pelas quartas de final da Copa do Brasil, contra o Grêmio. Uma forma encontrada pela comissão também para tentar diminuir o número de cartões que ele vinha recebendo.
Jesus foi capitão diante do Grêmio de Pedro Geromel, hoje seu colega de Seleção (Foto: Marcos Ribolli)
– Infelizmente estou tomando muito cartão. É uma coisa que eu tenho de melhorar, eu sei. Vou trabalhar – admitiu, à época, antes de se sagrar campeão brasileiro, campeão ingles e artilheiro da seleção brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia.