MPF reforça condenação contra ex-marqueteiro do PT e mais 7 réus

As alegações foram protocoladas no sistema eletrônico da Justiça Federal do Paraná na noite de terça-feira (23) e são a última etapa na tramitação da ação

MPF reforça condenação contra ex-marqueteiro do PT e mais 7 réus -

Redação Publicado em 24/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 11h17

O Ministério Público Federal (MPF) reforçou o pedido da condenação judicial contra o ex-marqueteiro do PT João Santana, a mulher dele Monica Moura, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e mais cinco réus em um processo da 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Acarajé. Entre os crimes citados estão lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção.

As alegações foram protocoladas no sistema eletrônico da Justiça Federal do Paraná na noite de terça-feira (23) e são a última etapa na tramitação da ação penal, antes da sentença do juiz.

O casal cumpre liberdade provisória desde o dia 1º de agosto, e Vaccari, que já foi condenado pela Lava Jato, está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, desde março de 2015.

No documento, o MPF pediu a absolvição do operador Zwi Skornicki e do ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa por lavagem de dinheiro.

As investigações da 23ª fase acusam Santana de receber US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões de Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014. Zwi é representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels e, segundo o MPF, foi citado por delatores do esquema como elo de pagamentos de propina.

Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, João Santana e a mulher afirmaram que o pagamento de US$ 4,5 milhões feito pelo engenheiro Zwi Skornick foi de caixa dois da campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010. “Foi caixa dois mesmo”, garantiu Mônica Moura.

Confira os réus e os respectivos crimes
1) Zwi Skornicki – operador: organização criminosa e corrupção ativa
2) João Santana – marqueteiro: corrupção passiva, lavagem de dinheiro.
3) Monica Moura – mulher de Santana: corrupção passiva, lavagem de dinheiro.
4) João Ferraz – ex-diretor da Sete Brasil: organização criminosa, corrupção passiva.
5) Pedro Barusco – ex-gerente da Petrobras: corrupção passiva, lavagem de dinheiro.
6) Renato Duque – ex-diretor da Petrobras: corrupção passiva.
7) João Vaccari Neto – ex-tesoureiro do PT: corrupção passiva, lavagem de dinheiro.
8) Eduardo Musa – ex-gerente da Petrobras: organização criminosa, corrupção passiva.

Liberdade provisória
No dia 1º de agosto, João Santana e Monica Moura deixaram a carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, onde estavam detidos desde fevereiro deste ano.

O casal teve o pedido de liberdade provisória concedido pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na

primeira instância, mediante pagamento de fiança.

A decisão estipulou fiança de R$ 28,7 milhões para Monica, montante que já tinha sido bloqueado pela Justiça. Para João Santana, a fiança estipulada foi R$ 2.756.426,95, valor correspondente ao que também já foi bloqueado das contas correntes dele. O dinheiro está sob custódia do Judiciário, e a destinação final dele depende da sentença dada pelo juiz no final do processo.

Durante o período de liberdade, Monica e João Santana não poderão deixar o país e nem manter contato com outros acusados da Operação Lava Jato. Eles também não podem trabalhar direta ou indiretamente em campanhas eleitorais no Brasil.

bom dia catanduva bom dia rio preto

Leia também