Moro anuncia delegado da PF para posto de número 2 do Ministério da Justiça

O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, anunciou nesta terça-feira (4), em uma entrevista coletiva na sede do governo de transição, que o delegado da

Moro anuncia delegado da PF para posto de número 2 do Ministério da Justiça -

Redação Publicado em 04/12/2018, às 00h00 - Atualizado às 13h51

Luiz Pontel vai ocupar o cargo de secretário-executivo da pasta no governo de Jair Bolsonaro. Futuro ministro também anunciou general para Secretaria de Segurança Pública.

O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, anunciou nesta terça-feira (4), em uma entrevista coletiva na sede do governo de transição, que o delegado da Polícia Federal (PF) Luiz Pontel ocupará o posto de secretário-executivo do Ministério da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, o segundo mais importante da pasta. Atualmente, Pontel é o secretário nacional de Justiça, uma das áreas mais estratégicas do ministério.

O ex-juiz federal também informou que o general da reserva do Exército Guilherme Theophilo comandará a Secretaria Nacional de Segurança Pública.

O futuro secretário-executivo do Ministério da Justiça, delegado Luiz Pontel — Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom, Agência Brasil

Luiz Pontel já foi o número dois na hierarquia da Polícia Federal (diretor-executivo) e é ligado ao ex-diretor-geral da corporação Leandro Daiello e ao atual diretor-geral, Rogério Galloro.

Pontel também já foi adido da PF em Lisboa e trabalhou na Secretaria Nacional de Justiça como gerente de projeto.

Moro destacou aos jornalistas que o futuro secretário-executivo participou da investigação do caso Banestado e contribuiu para a primeira prisão do doleiro Alberto Youssef, um dos primeiros delatores da Operação Lava Jato.

“[Pontel] participou da investigação do caso Banestado, inclusive, foi um dos principais responsáveis pela primeira prisão do Alberto Youssef. E, naquela época, foi possível constatar a absoluta integridade do delegado Pontel”, declarou Moro aos repórteres na entrevista concedida no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

Secretaria de Segurança Pública

 Ex-comandante militar da Amazônia, o general da reserva Guilherme Theophilo comandará a Secretaria Nacional de Segurança Pública — Foto: Jamile Alves/G1 AM

Sobrinho de um antigo rival do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), o general da reserva Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira disputou, em outubro, o governo do Ceará pelo PSDB, mas não se elegeu. Segundo o futuro ministro da Justiça, Theophilo se desfiliou do PSDB.

“Não existe nenhuma indicação político-partidária”, enfatizou Moro.

Na chefia da secretaria, o general da reserva vai assumir as atribuições do Ministério da Segurança Pública, pasta atualmente comandada pelo ministro Raul Jungmann. A Segurança Pública vai perder o status de ministério na gestão de Jair Bolsonaro, ficando sob a responsabilidade de Moro.

Segundo o perfil do general publicado no site do PSDB do Ceará, Theophilo passou para a reserva neste ano. O futuro secretário de Segurança Pública ingressou na caserna em 1966, nos bancos escolares do Colégio Militar de Fortaleza.

General de Exército com 52 anos de carreira militar, ele alcançou o topo da carreira como comandante militar da Amazônia.

Ao anunciar Theophilo para a chefia da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Moro declarou que a “tarefa” do futuro secretário será “padronizar” procedimentos na área de segurança pública nos estados.

“A tarefa do novo secretário, general Guilherme Theophilo, vai ser a de ajudar a reestruturar, resguardada as autonomias, tentar padronizar procedimentos, padrões de serviços e gestão envolvendo a segurança pública nos estados”, explicou o futuro ministro.

Moro disse ainda que está “bastante impressionado” com o trabalho de reestruturação da segurança pública do Rio de Janeiro comandado pelo interventor federal, general Walter Braga Netto.

“Entendo que um trabalho similar, respeitado evidentemente a autonomia dos estados do Distrito Federal, é o objetivo na Senasp [Secretaria Nacional de Segurança Pública]”, disse Moro.

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