Moradores do Residencial Carandá em Sorocaba (SP) estão preocupados com cerca de 60 apartamentos invadidos desde o condomínio foi entregue em março deste ano.
Segundo testemunhas, os invasores chegam com a mudança no caminhão, arrombam as portas e moram nos apartamentos sem pagar nada.
Em um dos casos, dois homens entraram em um dos apartamentos do condomínio Buriti. Uma moradora conta que o caminhão de mudança já estava na porta esperando, mas o síndico do condomínio impediu a entrada.
“Chegaram duas pessoas, o motorista do caminhão, um chaveiro e um rapaz que afirmou que cuidaria do apartamento que teria sido comprado por R$ 4 mil”, diz a mulher que prefere não ter a identidade revelada.
Há 2 semanas, homens tentaram invadir outro apartamento com a ajuda de um chaveiro, que abriu a porta. Os moradores perceberam a movimentação e colocaram massa na fechadura.
No entanto, no mesmo condomínio, um apartamento foi invadido por uma família de 6 pessoas, que continua morando no local.
Rotina de invasões
A síndica do condomínio diz que as invasões viraram rotina e os vizinhos tão com muito medo.
“Quase todos os dias tem alguém olhando os apartamentos e vendo a possibilidade de invadir”, afirma Davis Evangelista Silva.
Segundo a prefeitura de sorocaba, quando o residencial foi entregue em março, 115 apartamentos não foram ocupados. São de pessoas que desistiram do financiamento dos imóveis na etapa final.
A síndica diz que 63 apartamentos já foram invadidos e que além do problema da segurança, as unidades vazias dão prejuízo financeiro para a administração do condominio.
“Quando foi feita a aprovação em assembleia da taxa de condomínio, contava-se em um rateio total para pagamento de portaria, limpeza e todos os outros casos. No entanto, não estamos tendo essa arrecadação e estamos com prejuízo”, ressalta Renata da Silva.
Providências
O Banco do Brasil, que financiou a construção dos apartamentos, disse que já está tomando medidas para impedir invasões no residencial.
A Prefeitura de Sorocaba informou que também já tomou as providências jurídicas e já está selecionando famílias interessadas nos apartamentos vazios.
A construtora direcional afirma que aguarda a decisão judicial do pedido de reintegração de posse das unidades invadidas. Assim que retomar os imóveis eles devem passar por manutenção.
A Guarda Civil Municipal ressaltou que reforçou o patrulhamento no bairro.