Exportação de milho ganha impulso no Brasil, afirma Cauê Lopes Martins, presidente da Bratrading

Num futuro nem tão distante o milho pode superar as exportações de soja do país. De acordo com dados do Conselho Nacional de Abastecimento (Conab), a produção

Exportação de milho ganha impulso no Brasil, afirma Cauê Lopes Martins, presidente da Bratrading -

Redação Publicado em 19/10/2020, às 00h00 - Atualizado às 13h38

De acordo com o empresário, a projeção do mercado brasileiro para o grão está otimista e pode superar a exportação da soja.

Num futuro nem tão distante o milho pode superar as exportações de soja do país. De acordo com dados do Conselho Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira do grão irá crescer até 17% entre a safra 2020/2021 e a de 2027/2028. Traduzindo em números, o milho exportado passará de 96,4 milhões de toneladas para aproximadamente 113 milhões.

Segundo o empresário Cauê Lopes Martins, que atua no mercado de exportação e importação de produtos agrícolas, entre eles soja e milho pela empresa Bratrading, o produtor está especulando, vendo esta alta do milho em Chicago e esperando para ter mais lucro. “No entanto, o que nos preocupa um pouco é assim que sair a safra americana termos uma super oferta no mercado e os preços recuarem, mas estamos muito otimistas para este ano”, explica Cauê Lopes Martins.

A explicação para este crescimento na demanda internacional para o milho pode ser simples: o Brasil ainda não chegou ao seu teto máximo de produção do grão dourado. Atualmente produzimos quase 100 milhões de toneladas de milho e 120 milhões de soja, em comparação, os Estados Unidos produzem 350 milhões de toneladas de milho e de 120 milhões de toneladas de soja. Sendo assim, enquanto o mercado americano está quase alcançando seu limite na produção, a China aumentou a sua demanda ao mesmo tempo em que não tem condições de se auto abastecer. A perspectiva é que a produção de proteína animal aumente no país asiático, sendo assim eles deverão acrescer a importação do milho para ração dos animais. É aí que o Brasil entra como ator principal neste cenário.

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