Diário do Tricolor – Análise: São Paulo foge de degola, mas atuação mantém pés no chão

O fantasma do rebaixamento ainda não foi exorcizado no Morumbi, mas ele já não assusta mais como antes. Duas vitórias consecutivas, contra o Fluminense (2 a

Diário do Tricolor – Análise: São Paulo foge de degola, mas atuação mantém pés no chão -

Redação Publicado em 23/10/2016, às 00h00 - Atualizado às 10h25

Vitória sobre a Ponte Preta, com time inseguro, praticamente anula chances de queda, mas vaga na Libertadores, apesar da distância, ainda é só sonho no Morumbi

Ricardo Gomes surpreendeu ao escalar Pedro e Neres no ataque do São Paulo contra a Ponte Preta

O fantasma do rebaixamento ainda não foi exorcizado no Morumbi, mas ele já não assusta mais como antes. Duas vitórias consecutivas, contra o Fluminense (2 a 1), na última segunda-feira, e a deste sábado, 2 a 0 na Ponte Preta, afastaram a equipe da zona da degola do Campeonato Brasileiro.

A semana, porém, começou bem mais tensa. Antes de bater os cariocas, na 31ª rodada, a equipe de Ricardo Gomes estava a apenas um ponto do 17º colocado. Agora, são sete – vantagem que pode diminuir no fim da rodada –, distância maior do que a que separa o time do G-6 (seis pontos). Faltam seis partidas para o término do torneio.

O treinador surpreendeu ao iniciar o duelo com a Ponte com David Neres e Pedro, dois jovens das categorias de base tricolor, entre os titulares. Robson e Chavez perderam lugar para as promessas, que foram importantes na vitória: Pedro participou da jogada que gerou o pênalti do primeiro gol (veja abaixo), enquanto Neres foi o autor do segundo.

As quase 50 mil pessoas nas arquibancadas do Morumbi tiveram a impressão de que seria uma noite tranquila no começo do confronto. Aos 10 minutos, em boa jogada entre Mena e Pedro, Fábio Ferreira cortou cruzamento com a mão e o juiz deu pênalti. Cueva bateu e abriu o placar.

Dali em diante, porém, os campineiros foram melhores. O São Paulo tinha dificuldades em chegar ao gol de Aranha, era pressionado, mas a Ponte criava poucas chances – a melhor delas surgiu numa falha de Denis em que Rodrigo Caio quase fez contra, mas a trave salvou.

Os visitantes se aproximaram ainda mais do empate na segunda etapa. O lateral Reinaldo, que era xingado pelos torcedores da casa a cada toque na bola, era arma importante. Ele quase fez em um chute cruzado aos 30 minutos. Foi William Pottker, entretanto, quem teve a oportunidade mais clara. Ele apareceu na cara de Denis e, sem ser incomodado, chutou para fora.

O castigo veio pouco depois, quando Neres aproveitou um rebote dentro da área da Ponte e anotou o segundo gol do São Paulo – o primeiro do garoto como profissional. Àquela altura, Chavez já tinha voltado ao time no lugar de Pedro, apagado.

A equipe de Ricardo Gomes deve enterrar de vez a chance de rebaixamento na próxima rodada, quando enfrenta o lanterna, América-MG, no Independência – o jogo é no dia 31 de outubro.

O objetivo é esse. A vitória sobre a Ponte foi construída por um time ainda muito inseguro, que erra mais do que pode. Ainda que o G-6 esteja a uma distância que permita sonhar com vaga na Libertadores, a atuação deste sábado, apesar do resultado, mantém os pés tricolores no chão.

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