Delegado do caso Rayane diz que já existem pessoas sendo investigadas: ‘sem indício veemente contra ninguém’

O delegado titular da Delegacia de Homicídios de Mogi das Cruzes, Rubens José Ângelo, disse na tarde desta terça-feira (30) que já existem pessoas sendo

Delegado do caso Rayane diz que já existem pessoas sendo investigadas: ‘sem indício veemente contra ninguém’ -

Redação Publicado em 30/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 16h29

Titular da Delegacia de Homicídios de Mogi das Cruzes, Rubens José Ângelo, diz que apuração foi prejudicada por legislação eleitoral e que investigações estão avançadas. Segundo polícia, desfecho do caso deverá ocorrer até a semana que vem.

O delegado titular da Delegacia de Homicídios de Mogi das Cruzes, Rubens José Ângelo, disse na tarde desta terça-feira (30) que já existem pessoas sendo investigadas no desaparecimento e morte de Rayane Paulino Alves, de 16 anos, mas “sem indício veemente contra ninguém”.

Durante coletiva, o delegado afirmou ainda que é possível ter um desfecho para o caso até a próxima semana e que a lei eleitoral, que proíbe a prisão cinco dias antes e 48 horas depois das eleições, prejudicou as investigações.

Rayane desapareceu após ir a uma festa em um sítio no bairro do Botujuru, em Mogi das Cruzes. O corpo foi encontrado oito dias depois na Estrada Francisco Lerário, em Guararerma, já em estado avançado de decomposição.

O delegado contou nesta terça-feira que o trabalho da polícia agora consiste em ouvir testemunhas e colher informações, como as de câmeras de monitoramento.

“Algumas amigas já prestaram depoimento anteriormente. Ontem já ouvimos outras testemunhas e hoje estamos analisando o celular e outros dados, também. Ainda não sabemos se outras pessoas vão prestar depoimento hoje, ainda analisamos as estratégias”, pontuou.

Laudo inicial apontou que Rayane foi asfixiada — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Sobre o celular da jovem, encontrado a cerca de 10 quilômetros do local onde estava o corpo, o delegado falou que não existem chamadas ou conversas que podem ajudar nas investigações. “A única ligação que consta na wep é esta às 2h10 da manhã do domingo para o 190. Seria um pedido de socorro e, provavelmente, minutos depois mataram ela”, disse o delegado.

Rubens divulgou ainda que as imagens que a polícia conseguiu até o momento não mostram a jovem entrando em carro ou caminhando pela rodovia. “Naquela estrada do sítio é um local meio ermo, inclusive tem uma parte que não tem iiluminação, então dificulta muito a investigação. A gente não pode afirmar nem se existiu esta carona ou se ela foi a pé”, enfatizou.

Enterro

Nesta segunda-feira (29), o corpo da jovem foi sepultado no Cemitério da Saudade, em Brás Cubas. Horas antes, no começo da manhã, a mãe de Rayane, Marlene Maria Paulino Alves, reconheceu que o corpo encontrado em uma área de mata na tarde de domingo (28), em Guararema, era de sua filha.

Caso Rayane Paulino: Corpo da jovem que sumiu após festa em Mogi das Cruzes foi enterrado nesta segunda-feira (28), em Mogi das Cruzes — Foto: Mirielly Castro/TV Diário

Segundo o legista, a mãe fez o reconhecimento baseada no esmalte e em uma tornozeleira que a filha usava. Por conta disso, não foi necessário fazer o exame de DNA. Um laudo inicial indicou morte foi por asfixia.

Caso Rayane

Na noite de sábado, 20 de outubro, Rayane Paulino foi a uma festa em um sítio de Mogi das Cruzes na companhia de mais duas amigas. O pai dela a deixou na casa de uma delas.

Para as amigas, Rayane teria dito que precisava ir embora mais cedo e que o pai viria buscar, mas isso não aconteceu. Ainda não se sabe se ela saiu do sítio sozinha ou acompanhada.

Por volta das 5h de domingo dia 21, os pais perceberam que a filha ainda não tinha ligado e acharam estranho. Eles contam que tentaram contato com ela, mas não conseguiram.

Na segunda-feira (22), os pais espalharam vários cartazes pela cidade com fotos de Rayane e o telefone deles para contato. A família da jovem conta que ela não tinha namorado e que sempre teve o costume de avisar onde e com quem estava.

Na última semana, após a Polícia localizar o celular que pertencia à jovem na altura do km 170 da Rodovia Presidente Dutra, em Jacareí, cães farejadores fizeram buscas em uma região de mata no entorno do local. Os animais chegaram a indicar que o corpo da jovem poderia estar em um lago.

Diante desta possibilidade, equipes do Corpo de Bombeiros e mergulhadores de Jacareí fizeram as buscas, mas informaram que não encontraram qualquer vestígio de que a jovem estaria por lá.

Houve buscas ainda no bairro Bela Vista, em Jacareí, com o apoio do helicóptero Águia, depois de uma denúncia. Mas o corpo foi achado apenas no domingo (28) em Guararema.

SP DIARIO polícia

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