Defesa pede à Procuradoria para adiar depoimento de Paulo Guedes

A defesa do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu nesta terça-feira (4) à Procuradoria da República no Distrito Federal para adiar o depoimento do

Defesa pede à Procuradoria para adiar depoimento de Paulo Guedes -

Redação Publicado em 04/12/2018, às 00h00 - Atualizado às 16h29

Futuro ministro da Economia é alvo de inquérito que apura se ele causou prejuízos a fundos de pensão. Depoimento está marcado para esta quarta-feira (5).

A defesa do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu nesta terça-feira (4) à Procuradoria da República no Distrito Federal para adiar o depoimento do economista marcado para esta quarta (5).

Paulo Guedes é alvo de um inquérito que apura se ele causou prejuízos a fundos de pensão. Como o pedido da defesa foi feito por telefone, os procuradores solicitaram a formulação de um pedido formal, por escrito.

Nesta segunda-feira (3), Paulo Guedes cancelou uma viagem que faria à Espanha por recomendação médica. Ele participaria de um seminário para apresentar a agenda econômica do governo de Jair Bolsonaro.

Segundo nota divulgada pela assessoria do economista, Paulo Guedes cancelou a ida ao encontro em razão de uma infecção viral nas vias respiratórias.

Fundos de pensão

Segundo o Ministério Público, fundos de pensão de estatais aplicaram em dois fundos de investimento administrados por uma empresa de Paulo Guedes e perderam R$ 200 milhões.

A suspeita é de que os investimentos dos fundos de pensão tenham sido aprovados sem análise adequada e tenham gerado lucros excessivos a Paulo Guedes.

Chamou a atenção dos investigadores que os quatro fundos de pensão que mais investiram com Paulo Guedes na época, Previ, Petros, Funcef e Postalis, são hoje alvos de operações de forças-tarefa, como a Greenfield, com foco nesta modalidade de investimento – o Fundo de Investimento em Participações (FIP).

O que diz a defesa

Quando o inquérito foi aberto, a defesa de Paulo Guedes afirmou que a investigação se baseia em um relatório “fragilíssimo”, que tratou de apenas um entre quatro investimentos realizados pelo fundo.

Segundo a defesa, o relatório omite o lucro “considerável” que o fundo tem propiciado aos investidores, com perspectiva de ganhos de mais de 50% do valor investido.

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