A escolha de gerar a própria energia por meio de placas fotovoltaicas tem atraído cada vez mais pessoas na região de Sorocaba (SP). De acordo com dados da
Redação Publicado em 16/01/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h36
A escolha de gerar a própria energia por meio de placas fotovoltaicas tem atraído cada vez mais pessoas na região de Sorocaba (SP). De acordo com dados da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) Piratininga, 87 residências, comércios e indústrias utilizaram energia solar em setembro do ano passado.
O número representa um crescimento de 135% frente ao mesmo período de 2016, quando apenas 37 consumidores utilizaram a modalidade.
Ao investir em um projeto de geração solar, o consumidor pode reduzir em até 95% o valor da conta de luz e ainda contribuir ao meio ambiente.
De janeiro e setembro de 2017, houve um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, contabilizando 33 novos clientes que passaram a produzir a própria energia. Sorocaba, Votorantim, Itu e Araçoiaba da Serra são as cidades da região que têm painéis solares homologados pela distribuidora.
A energia solar é produzida somente durante o dia – ou enquanto há sol – por isso os clientes ainda precisam das concessionárias para atender a demanda de energia durante a noite.
Pelas regras definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), clientes podem abater da conta de luz o volume de energia produzido pelos painéis solares. Quando o consumo é menor do que o volume gerado, a diferença se torna um crédito, usado para reduzir a fatura com a distribuidora local.
Ananda Valei Christensen, gerente comercial da Envo, braço da CPFL para a geração solar, explica que a geração de energia solar é um tipo de energia benéfica para o meio ambiente.
“É uma energia limpa, não emite poluentes e chama muito atenção na questão de sustentabilidade. Reduz até 95% da conta de luz porque você gera a sua própria energia, em vez que consumir a da CPFL”, explica.
Segundo a Envo, o valor do investimento depende do tamanho do projeto, mas atualmente está na faixa de R$ 15 mil a R$ 20 mil. Com a economia gerada na conta de luz, o cliente tem um retorno entre seis e sete anos.
O primeiro passo para adotar a geração de energia solar é solicitar uma análise do consumo de energia para a empresa que vai fazer o projeto. O modelo mais tradicional de instalação das placas solares é o aproveitamento dos telhados, onde há maior incidência solar sem sobras, embora também haja a opção de instalar no solo.
Foi pensando na conta de luz que a economista Regiane Brisola Ferreira e o marido optaram por implantar as placas de energia solar em casa, em um condomínio de Sorocaba.
Segundo Regiane, desde o início da construção da casa eles procuraram entender as tendências na construção civil aliadas a ideias sustentáveis. “Nós procuramos entender o que podia fazer para deixar a casa com mais sustentabilidade.”
O projeto na residência da economista foi dimensionado para atender a família composta por dois adultos e duas crianças, onde há um consumo de aproximadamente 300 quilowatts por mês. Regiane explicou que o investimento foi de R$ 35 mil e o sistema de sua casa produz 800 quilowatts por mês, ou seja, 500 kW da rede são acumulados em créditos. Ela espera recuperar o investimento em cinco anos.
De acordo com a Envo, os créditos apurados podem ser utilizados pelo consumidor em até 60 meses. Isso significa que, mesmo que o imóvel fique vazio por um período, o benefício não será perdido.
Os créditos gerados em um local podem ser usados por em imóvel de outro município, desde que atendidos pela mesma distribuidora. Apesar de gerar a própria energia, Regiane paga uma taxa mínima para a CPFL, o equivalente a 100 kW, ou seja, cerca de R$ 65.
“Para você ter uma noção, quando eu consumia 300 quilowatts da CPFL o valor da conta seria de aproximadamente R$ 300. Agora eu produzo a energia e pago R$ 65. Eu aproveito um recurso abundante na nossa região: o sol.”
*Colaborou sob a supervisão de Mayara Corrêa