Casos de sífilis aumentam em cinco anos em Rio Preto

O Ministério da Saúde admitiu que o Brasil vive uma epidemia de sífilis, e em São José do Rio Preto (SP), maior cidade do noroeste paulista, os casos também

Casos de sífilis aumentam em cinco anos em Rio Preto -

Redação Publicado em 11/11/2016, às 00h00 - Atualizado às 10h15

Número de casos aumentou de 310, em 2010, para 656 no ano passado.
Em estágio avançado, doença causa cegueira, paralisia e doença cerebral.

O Ministério da Saúde admitiu que o Brasil vive uma epidemia de sífilis, e em São José do Rio Preto (SP), maior cidade do noroeste paulista, os casos também aumentaram nos últimos anos. A doença, transmitida pela relação sexual sem camisinha, é grave e pode infectar também o bebê, se a mulher ficar grávida.

Em Rio Preto, o número de casos aumentou muito nos últimos anos e saltou de 310, em 2010, para 656 no ano passado. A taxa de transmissão adquirida  disparou de 2010 a 2015. Esse é o índice usado como referência pela OMS, Organização Mundial da Saúde. Nos últimos seis anos, foram notificados mais de 200 mil novos casos da doença em todo país.

O diagnóstico, na maioria das vezes, difícil de ser aceito, tem se tornado cada vez mais comum. A sífilis é causada pela bactéria treponema pallidum  e é transmitida por relação sexual sem camisinha, por transfusão de sangue contaminado ou de forma congênita, de mãe com sífilis para o bebê durante a gestação.

Em adulto, num primeiro estágio a sífilis provoca feridas nos órgãos sexuais e manchas vermelhas pelo corpo. Num estágio mais avançado, podem vir: cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos podendo levar até à morte. Além disso, 40% das mulheres grávidas infectadas  podem perder o bebê com aborto espontâneo e quando a criança  nasce, as consequências podem ser gravíssimas.

De acordo com os especialistas, essa incidência tão alta tem a ver com dois fatores principais:   demora no diagnóstico e  falta de proteção nas relações sexuais. “As pessoas não têm mais medo de pegar doenças e deixam de fazer a prevenção e isso é lamentável. É melhor prevenir do que ficar tratando da doença”, afirma a médica Deuzi Gôngora.

jornal bom dia jornal bom dia catanduva jornal bom dia rio preto

Leia também