Sete em cada dez moradores de comunidades e favelas da região metropolitana de São Paulo relatam algum tipo de dificuldade para ter acesso à água, segundo uma
Redação Publicado em 21/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h49
Sete em cada dez moradores de comunidades e favelas da região metropolitana de São Paulo relatam algum tipo de dificuldade para ter acesso à água, segundo uma pesquisa feita pela Universidade Federal do ABC durante a pandemia. E, para muitos, a situação piorou no último ano.
Segundo o levantamento, a dificuldade de acesso à água é um problema apontado por quase 70% de moradores da Grande SP.
Em alguns locais, as pessoas têm de acordar às 5h para encher vasilhas, bacias, baldes, porque é a hora que a água chega, como na comunidade Anchieta, no Grajaú, na Zona Sul de São Paulo.
Apesar de a casa estar ligada à rede de abastecimento da Sabesp, há interrupções, diz a manicure Alda Silva.
A maioria dos atingidos pela escassez vive nos extremos da capital paulista. Dentre os 591 entrevistados pela pesquisa, 65% disseram que as dificuldades no abastecimento continuaram do mesmo jeito que antes, mas, para quase 30%, isso piorou.
Segundo Luciana Ferrara, professora de planejamento territorial da UFABC, coordenadora da pesquisa, muitas famílias relataram terem necessidade de comprar água. “Essa é uma situação extrema porque, você imagina, uma família de baixíssima renda, contexto de pandemia, aumento de desemprego e a dificuldade ainda no acesso à água”, afirma ela.
A Sabesp disse que adotou diversas medidas para reduzir o impacto da pandemia para a população mais vulnerável, o que inclui isenção de pagamento de contas por meses, distribuição de mais de 6 mil caixas d’água e instalação de pias comunitárias.
A companhia informou que vai regularizar o acesso à água neste ano para toda a comunidade Anchieta e afirmou que a cobrança de esgoto só é feita em casas com ligação à rede coletora.
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G1