Uma pesquisa do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e do Itaú mostrou que o percentual de moradores de São Paulo que declarou ter saído de
Redação Publicado em 30/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h55
Uma pesquisa do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e do Itaú mostrou que o percentual de moradores de São Paulo que declarou ter saído de casa para trabalhar durante a pandemia, mesmo que esporadicamente, foi menor do que o percentual que saiu para encontrar amigos ou parentes.
Foram entrevistadas 350 pessoas na capital entre fevereiro e março deste ano, período no qual a pandemia de Covid-19 estava em tendência de alta, e pouco antes do auge da segunda onda, que ocorreu nos primeiros dias de abril.
Segundo o estudo, 64% dos entrevistados declararam ter saído de casa para trabalhar, contra 66% que disseram ter saído para visitar parentes ou amigos.
No relatório, os pesquisadores destacaram que, “mesmo a aplicação da pesquisa sendo realizada em um momento delicado da pandemia, pelo menos um quarto das pessoas disseram sair para ir a bares ou restaurantes”. Na capital paulista, esse percentual foi de 33%.
Além de São Paulo, a pesquisa foi feita também nas cidades do Rio de Janeiro, de Recife, de Salvador e de Porto Alegre. Dentre essas, a capital paulista foi a que teve a maior proporção de pessoas que disseram sair de casa pelo menos três vezes por semana durante a pandemia. Foram 40% dos entrevistados nestas condições.
Outros 50% dos entrevistados de São Paulo disseram sair até três vezes por semana e apenas 10% saíram esporadicamente ou não saíram de casa no período.
Somente 18% dos paulistanos disseram que continuaram trabalhando exclusivamente em home office à época da pesquisa. A maior parte dos entrevistados (57%) disse que continuava indo para o local de trabalho, seja diariamente ou algumas vezes por semana. Outros 19% ficaram desempregados no período.
Segundo a pesquisa, pelo menos metade da população das cinco capitais disse que anda mais a pé para evitar o transporte público por conta da pandemia. Na cidade de São Paulo, 43% dos entrevistados disseram que sempre andam mais a pé e 13% disseram quase sempre.
Os paulistanos também responderam que saem em horários alternativos para evitar aglomerações: 56% dos entrevistados disseram que fazem isso sempre e 12%, quase sempre.
No entanto, os deslocamentos à pé caíram na cidade de São Paulo com a pandemia, segundo a pesquisa. Questionados se realizam trajetos a pé, 85% dos entrevistados disseram que sim antes da pandemia e 82% durante a pandemia.
O uso de bicicleta também não aumentou por conta da Covid-19: 22% dos entrevistados responderam que utilizam esse meio de transporte, mesmo que esporadicamente, durante a pandemia, mesmo percentual que respondeu que utilizava a bike antes do coronavírus.
O uso de bicicletas foi destacado na pesquisa como uma alternativa para evitar aglomerações por 21% dos paulistanos. Esse percentual, no entanto, foi maior com outros modais: 26% dos entrevistados da capital paulista citaram o carro particular como alternativa e 24% mencionaram táxis ou carros de aplicativo como uma opção para evitar a contaminação por Covid-19.
A pesquisa também avaliou o apoio da população a políticas públicas que priorizem deslocamentos de bicicleta ou a pé. Na cidade de São Paulo, 77% dos entrevistados disseram que os governos devem investir nesses dois meios de transporte.
Em relação às ciclovias e ciclofaixas, 77% dos entrevistados se declararam favoráveis ou muito favoráveis às que já existem na cidade e 85% disseram ser a favor da implementação de novas vias.
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G1